Com casos de dengue tipo 4 na Capital, casas abandonadas transformam-se em criadouros

Uma casa abandonada na rua Aniceto da Costa Rondon no bairro Caiçara em Campo Grande com possíveis focos de dengue, está deixando os vizinhos da região apreensivos por conta do risco da doença e proliferação de insetos e animais peçonhentos. A vizinha da residência conta que a casa onde morava um casal de aposentados e […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Uma casa abandonada na rua Aniceto da Costa Rondon no bairro Caiçara em Campo Grande com possíveis focos de dengue, está deixando os vizinhos da região apreensivos por conta do risco da doença e proliferação de insetos e animais peçonhentos.

A vizinha da residência conta que a casa onde morava um casal de aposentados e que está abandonada há quase um ano também pode estar sendo utilizada por usuários de drogas.

“As vezes eu escuto barulho de noite já vimos ratazanas em cima do muro e dentro do cômodo nos fundos de casa. Mas o que me preocupa mesmo é o risco de dengue”, diz a professora Maria Rita Barcelos.

Na casa existem vários recipientes com água parada, local propício para a reprodução do aedes aegypti. No momento em que a reportagem estava no local, uma equipe de combate de endemias da prefeitura fez a borrifação.

A uma quadra dali, uma família com quatro pessoas tiveram dengue no mesmo período. “Há 15 dias, todo mundo lá em casa ficou com dor de cabeça, no corpo, olhos, mancha no corpo e febre”, lembra a comerciante Ana Cláudia Lopes de 36 anos.

O agente de combate de endemias, Waldenirson do Nascimento, explica que o mosquito tem um raio de ação de 300 metros. “Isso compreende a um perímetro quadrado de nove quadras”.

O secretário-adjunto de Estado de Saúde Eugênio Barros, confirmou que quatro casos de dengue tipo 4, foram notificados na Capital e outros dois no interior, sendo um na cidade de Mundo Novo. Em Campo Grande os casos foram constatados nos bairros Parati, Vila Eliane, Pioneiros e Jardim Colibri.

Os sintomas da dengue tipo 4 são os mesmos do tipo 1: febre alta, dores de cabeça e no corpo. O tipo 4 só pode ser diagnosticado com exames de laboratório, recebem medicação e repousam em casa.

A dengue tipo 4 apresenta risco a pessoas já contaminadas com os vírus 1, 2 ou 3, que são vulneráveis à manifestação alternativa da doença. Complicações podem levar pessoas infectadas ao desenvolvimento de dengue hemorrágica.

Campo Grande que possui mais de 400 agentes no combate a dengue, conta também com a ajudá do exército no combate aos focos durante três dias da semana em alguns bairros. A Secretaria de Saúde de MS já confirmou 346 casos de dengue em Mato Grosso do Sul neste ano.

Conteúdos relacionados