O governo do Estado assinou com a Indústria Nacional de Bebidas (Inab), fabricante da cerveja Colônia, o Termo de Acordo para a instalação de uma planta da marca em Corumbá. A unidade fabril – a primeira do segmento em Mato Grosso do Sul – terá investimento de aproximadamente R$ 28 milhões e vai gerar 105 empregos diretos na fase de plena capacidade de operação. O acordo assinado formaliza os incentivos concedidos pelo governo por meio do MS Empreendedor e os compromissos da empresa na implantação do negócio.

Durante a assinatura nesta terça-feira (31) na Governadoria em Campo Grande, o governador André Puccinelli destacou que o programa de incentivos busca atrair empresas para o Estado e que é feita a concessão de benefícios ainda maiores em caso de produtos que ainda não sejam fabricados em Mato Grosso do Sul. “Trabalhamos também em parceria com os Municípios, que concedem isenção nos tributos municipais”, afirmou André.

A planta vai ser instalada no prédio onde funcionou a fábrica do refrigerante Mate Chimarrão, que pertencia a uma indústria de bebidas desativada, no bairro da Cervejaria. O sócio-proprietário da Inab/Colônia, Jaime Nelson Gatto, informou que a previsão inicial de produção é de 100.000 hectolitros/ano (equivalentes a dez milhões de litros). De imediato, deverão ser contratados 75 trabalhadores, número previsto para chegar a 105 posteriormente. A operação começa ainda este ano, em setembro.

Os novos donos contam com parceria de investidores bolivianos, com quem já têm negócios e que apostam no sucesso da cervejaria devido à receptividade da Colônia na Bolívia, onde é a segunda mais consumida (a primeira entre as importadas). “Estamos investindo aqui porque, primeiro adoramos o Mato Grosso do Sul, e, segundo, devido à boa articulação e o apoio do governo e parceiros”, afirmou Gatto.

A empresa, com sede em Toledo (PR), vai produzir em Mato Grosso do Sul cervejas, chopes e refrigerantes. A unidade de Corumbá está sendo projetada para abastecer o mercado do Centro-Oeste e o leste da vizinha Bolívia.

Paralelo à fabricação da bebida, os empresários querem dar ao negócio também um caráter cultural e pretendem criar um museu e local de visitação. A sede da fábrica desativada é parte do patrimônio histórico da cidade e passará por um processo de revitalização e modernização. “Vamos resgatar coisas tradicionais da região”, disse o sócio-proprietário da Inab.