O novo chefe da missão de supervisão da ONU na Síria (UNSMIS), o general norueguês Robert Mood, pediu neste domingo em Damasco a ajuda de “todos os sírios para deter a violência no país”.
“Não podemos fazer nada sem a vontade de todos, tanto faz se somos dez, trinta ou trezentos observadores”, disse Mood em declarações aos jornalistas em sua chegada ao aeroporto da capital síria.
O general assegurou que a missão está “em contato com todas as partes envolvidas para deter a violência”. Fontes da ONU na Síria disseram à Agência Efe que uma das tarefas de Mood é negociar as condições para a chegada dos observadores da UNSMIS.
Quinze observadores militares desarmados da missão já estão no país, e mais 30 devem chegar amanhã. No total, o grupo da UNSMIS terá 300 componentes.
O objetivo da UNSMIS é comprovar o cumprimento do plano de paz para a Síria, vigente desde 12 de abril, que estipula o fim da violência, a retirada dos tanques das cidades, a libertação dos detidos de forma arbitrária e o início de um diálogo entre o governo e a oposição, entre outros pontos.
Mood já conhecem bem Damasco pois entre 2009 e 2011 liderou a Organização da ONU para a Supervisão da Trégua (UNTSO) no Oriente Médio, criada em 1949 para fiscalizar o fim das hostilidades após a guerra de 1948 entre palestinos e israelenses.
Mas pesar dos esforços, a violência continua no país. Neste sábado, os opositores Comitês de Coordenação Local denunciaram a morte de 31 pessoas, entre elas três menores, durante protestos antigovernamentais.
Na sexta-feira, onze pessoas morreram e outras vinte e oito ficaram feridas num duplo atentado no bairro de Al Maidan, no centro de Damasco, anunciou a televisão oficial.
