Cessar-fogo ainda é frágil entre israelenses e palestinos

Cessar-fogo entre israelenses e palestinos! O mundo todo se mostrou aliviado com essa notícia na semana passada. Apesar dos esforços de ambos os lados, já houve novos incidentes. É possível um retorno da violência? Segundo dados do grupo radical-islâmico Hamas, que detém o poder na Faixa de Gaza, Israel aprovou um primeiro relaxamento do bloqueio […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Cessar-fogo entre israelenses e palestinos! O mundo todo se mostrou aliviado com essa notícia na semana passada. Apesar dos esforços de ambos os lados, já houve novos incidentes. É possível um retorno da violência? Segundo dados do grupo radical-islâmico Hamas, que detém o poder na Faixa de Gaza, Israel aprovou um primeiro relaxamento do bloqueio ao enclave palestino no Mediterrâneo.

Futuramente, pescadores palestinos poderão novamente avançar até seis milhas náuticas (pouco mais de 11 km), declarou neste sábado Salah al-Bardaweel, funcionário do Hamas em Gaza. Isso teria sido informado pelo Egito, disse o funcionário. Anteriormente, as embarcações palestinas não poderiam adentrar mais que três milhas náuticas no Mediterrâneo.

Frágil cessar-fogo

Nas negociações sobre o cessar-fogo, que entrou em vigor a partir da última quarta-feira, foi cogitado um relaxamento do bloqueio à Faixa de Gaza. Do lado de Israel, todavia, não houve nenhuma confirmação. Agora, os 1,7 milhão de habitantes da Faixa de Gaza anseiam por mais facilidade de circulação e pelo livre comércio de mercadorias com outros países.

No entanto, segundo as palavras do representante palestino nas Nações Unidas, o cessar-fogo acordado entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza é “extremamente frágil”. As razões seriam as violações contra o cessar-fogo, de acordo com uma carta de Rijad Mansur ao Conselho de Segurança da ONU.

Mortos e feridos

Nesta sexta-feira, forças israelenses mataram a tiros um palestino de 21 anos de idade. Outras 19 pessoas ficaram feridas na região da fronteira, disse Mansur. Já durante o conflito de oito dias, mais de 160 palestinos foram mortos e mais de 1,2 mil saíram feridos, acresceu.

Sobre a origem do incidente que levou à morte do jovem palestino de 21 anos, há pontos de vista conflitantes. Testemunhas em Gaza disseram que, a princípio, cinco camponeses teriam sido mortos a leste da cidade de Khan Yunis. Posteriormente, os habitantes de dois vilarejos teriam protestado espontaneamente. Um dos manifestantes teria sido morto ao correr em direção à cerca fronteiriça carregando uma bandeira palestina na mão.

Explicações israelenses

O Exército israelense declarou que já haviam acontecido tumultos nas proximidades da cerca de fronteira fortemente vigiada. Palestinos teriam penetrado na zona de exclusão de 300 m de largura a oeste da cerca até a barreira propriamente dita. Pelo menos uma pessoa teria escalado o obstáculo e adentrado território israelense, afirmou o Exército.

Enquanto isso, militares israelenses anunciaram que o Hamas estaria por trás do atentado a um ônibus em Tel Aviv na quarta-feira passada. A polícia teria prendido o autor e diversos cúmplices. O suposto autor seria um palestino-israelense da cidade de Taibe em Israel. Ele teria confessado o crime, informaram as autoridades israelenses. No atentado a bomba da última quarta-feira, 17 pessoas ficaram feridas.

Conteúdos relacionados