Pular para o conteúdo
Geral

Celso de Mello tem alta e mensalão pode ser concluído em 2012

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu alta médica nesta sexta-feira e poderá voltar ao trabalho na próxima segunda-feira. O ministro estava internado desde quarta-feira com suspeita de pneumonia, que não foi confirmada. Segundo a assessoria de imprensa do STF, Mello recebeu alta do Hospital do Coração de Brasília esta tarde […]
Arquivo -

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu alta médica nesta sexta-feira e poderá voltar ao trabalho na próxima segunda-feira. O ministro estava internado desde quarta-feira com suspeita de pneumonia, que não foi confirmada. Segundo a assessoria de imprensa do STF, Mello recebeu alta do Hospital do Coração de esta tarde e já seguiu para casa. As análises médicas detectaram infecção de vias aéreas superiores e permanece com estrita recomendação de repouso domiciliar.

O ministro será avaliado diariamente, e se estiver em boas condições de saúde, deverá comparecer no plenário do STF na próxima segunda-feira para participar do julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, que está em sua fase final. Ele dará o voto de desempate sobre a questão da perda de mandato de parlamentares.

Celso de Mello não estava se sentindo bem desde terça-feira à noite. Medicado, ele deixou de participar da sessão de quarta-feira, e foi internado na mesma noite. Como o voto do ministro é essencial para a conclusão do julgamento, a ação penal do mensalão foi retirada da pauta de quarta e quinta-feira, e os ministros analisaram outros processos. A última sessão do STF no ano é na próxima quarta-feira. Caso o julgamento do mensalão não seja concluído até lá, deverá ficar para o ano que vem. O STF volta do recesso em fevereiro.

O mensalão do PT

Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.

No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.

Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.

O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A então presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.

Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e o irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.

A ação penal começou a ser julgada em 2 de agosto de 2012. A primeira decisão tomada pelos ministros foi anular o processo contra o ex-empresário argentino Carlos Alberto Quaglia, acusado de utilizar a corretora Natimar para lavar dinheiro do mensalão. Durante três anos, o Supremo notificou os advogados errados de Quaglia e, por isso, o defensor público que representou o réu pediu a nulidade por cerceamento de defesa. Agora, ele vai responder na Justiça Federal de Santa Catarina, Estado onde mora. Assim, restaram 37 réus no processo.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Quem é o prefeito suspeito de matar policial a tiros no Maranhão?

“Grupo está mais preocupado em defender seus interesses políticos”, diz Vander sobre suspensão de envio de carnes de MS aos EUA

Falta de medicamentos no SUS pode ser informada à ouvidoria da Prefeitura; saiba como

China e UE concordam em suspender totalmente restrições a intercâmbios bidirecionais

Notícias mais lidas agora

MS procura novos mercados para romper impacto da exportação de carne aos EUA, avalia Acrissul

campo grande cidade de cobras

Cidade de ‘cobras’, como Campo Grande lida com tanto veneno humano?

Waldir Neves faz acordo e vai pagar R$ 1,9 milhão para não ser despejado de mansão

“Não é o momento de politizar a relação comercial”, diz Vaz sobre frigoríficos de MS romperem com Trump

Últimas Notícias

Emprego e Concurso

Procurando emprego? Suzano abre quatro vagas para atender operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas

As inscrições devem ser feitas no site da empresa

Brasil

Acidente na BR-153 deixa cinco mortos

Entre as vítimas fatais estão universitários da UFPA que estavam a caminho do congresso da UNE

Cotidiano

Após repercussão, familiares de paciente internado em estado grave procuram Santa Casa

Homem estava internado desde o dia 22 de junho, em estado grave e sem identificação

Cotidiano

Após MS suspender exportação de carne para os EUA, sindicato fala em normalização do mercado em poucos dias

O sindicato aponta esperança em estratégias comerciais e concorda com os produtores sobre um impacto limitado na taxação de Trump