Pular para o conteúdo
Geral

Candidaturas barradas levam a recorde de 9,1 mi de votos nulos

Apresentada como uma possível solução para coibir a candidatura de políticos suspeitos, a estreia da Lei da Ficha Limpa nas eleições municipais provocou uma confusão que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda tenta resolver. À primeira vista, a profusão de votos nulos chegou a assustar. Foram 9,1 milhões em todo o País, o que chegou […]
Arquivo -

Apresentada como uma possível solução para coibir a candidatura de políticos suspeitos, a estreia da Lei da Ficha Limpa nas eleições municipais provocou uma confusão que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda tenta resolver. À primeira vista, a profusão de votos nulos chegou a assustar. Foram 9,1 milhões em todo o País, o que chegou a gerar, em um primeiro momento, análises sobre um possível aumento na desilusão dos brasileiros com a política.

Na verdade, o quadro não é bem assim. A maior parte desses votos é, oficialmente, de candidatos que tiveram seus registros impugnados pela Justiça Eleitoral. São 3.007 políticos que caíram na malha da Ficha Limpa e cujos votos estão sub judice. Eles foram registrados, mas não aparecem na totalização do candidatos porque entram na conta dos nulos. Com isso, a rubrica disparou, enquanto muitos candidatos ainda aparecem sem voto na consolidação dos resultados.

Esse método de contabilização dos votos gerou problemas País afora. Em Osasco (SP) a confusão é mais nítida. Proporcionalmente, o município marcou o recorde de votos nulos nessa eleição. Foram 188.992, o equivalente a 42% de todos os eleitores da cidade. Com isso, o petista Jorge Lapas foi declarado prefeito eleito no primeiro turno, com apenas 138.435 votos.

Na segunda-feira, contudo, o TSE divulgou a listagem oficial de votos dos candidatos que tiveram seus registros indeferidos. O tucano Celso Giglio, que passou a campanha liderando as pesquisas, recebeu 149.579 votos – 11 mil votos a mais que Jorge Lapas. No entanto, como teve seu registro indeferido, apareceu com zero votos até que seu recurso seja negado.

Giglio é deputado estadual em , já foi deputado federal e é ex-prefeito de Osasco. Ele teve as contas de seu mandato de prefeito, entre 2001 e 2004, rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado e pela Câmara Municipal de Osasco. Com base na Lei da Ficha Limpa, o TRE paulista impugnou sua campanha.

Enquanto o recurso de Giglio tramita no TSE, o juiz eleitoral de Osasco ainda não pode proclamar o resultado da eleição. Há portanto, a possibilidade real de um segundo turno ser realizado na cidade, entre tucano e petista. No entanto, nem o TSE e nem o TRE-SP informam com exatidão quando e se isso ocorrerá.

Em Petrópolis, cidade serrana no , a situação é semelhante. Bernardo Rossi, do PMDB, teve 52.951 votos e levou a eleição para o segundo turno. Em princípio, o TSE divulgou que o adversário seria o petista Paulo Mustrangi, que teve 45.060 votos. No entanto, os votos de Rubens Bomtempo, do PSB, não foram computados porque ele também teve o registro indeferido e recorreu da decisão ao TSE. Na contagem final, Bomtempo teve 50.320 votos, mais do que o petista.

A solução na cidade será um pouco menos traumática. Como um segundo turno já está convocado, o entendimento da Justiça Eleitoral é de que Rossi e Bomtempo devem disputar a nova rodada das eleições. Caso Bomtempo seja eleito e tenha seu recurso negado, o prefeito seria, automaticamente, Bernardo Rossi.

Dos 3.007 recursos apresentados ao TSE contestando a Lei da Ficha Limpa, a Corte ainda precisa analisar 2.247. A diplomação dos candidatos eleitos se dará até o dia 19 de dezembro. Até lá, há muito trabalho para os sete ministros do tribunal eleitoral. E muita dor de cabeça para os candidatos.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Homem é perseguido e esfaqueado com canivete por grupo em Nova Andradina

Por R$ 732,6 mil, prefeitura de Angélica contrata empresa para modernização da iluminação pública

Procurador-Geral de Terenos pede exoneração após escândalo de corrupção e prefeito preso

Casada, Giovanna Ewbank dá beijão em amigo e causa polêmica: ‘Mais que amor’

Notícias mais lidas agora

Advogados acusam JBS de coação e dizem que MPMS foi omisso por mau cheiro no Nova Campo Grande

‘Recebeu propina’, rebate promotora sobre servidor condenado por corrupção em Sidrolândia

prefeitura iptu

Após escândalo envolvendo promotor do MPMS, prefeito de Nova Alvorada deve cumprir ‘recomendações’

Contrato com empresa que faz reforma no prédio da Segov tem aumento de R$ 3,5 milhões

Últimas Notícias

MidiaMAIS

Entenda por que peixe do Bioparque Pantanal foi parar no hospital e realizou tomografia

Doente? Resultados devem ajudar Bioparque a descobrir alteração de comportamento do peixe examinado

Cotidiano

Após chuva, Serra da Bodoquena amanhece sem indícios de incêndio nesta terça-feira

A chuva fraca foi suficiente para diminuir os focos, mas bombeiros fazem vistorias para confirmar a extinção do incêndio, que se arrasta desde sexta-feira

Brasil

PGR pede a condenação de integrantes do ‘núcleo 3’ da trama golpista

São réus do núcleo os "kids pretos", como são chamados os recrutas das Forças Especiais do Exército Brasileiro

Transparência

Com novo aditivo, construção de espaço de convivência salta para quase R$ 2 milhões em Sonora

Prazo de vigência do contrato foi prorrogado até 2026