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Campanha na França chega à última semana com denúncias e debate

Denúncias de escândalos e truques sujos obscureceram a eleição presidencial da França nesta segunda-feira, quando a disputa entrou na última semana com os dois candidatos se preparando para os comícios de Primeiro de Maio e para o único debate televisivo, considerado crucial. O presidente francês, o conservador Nicolas Sarkozy, disse que vai processar o site […]
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Denúncias de escândalos e truques sujos obscureceram a eleição presidencial da França nesta segunda-feira, quando a disputa entrou na última semana com os dois candidatos se preparando para os comícios de Primeiro de Maio e para o único debate televisivo, considerado crucial.

O presidente francês, o conservador Nicolas Sarkozy, disse que vai processar o site de notícias Mediapart pela publicação de um documento que diz provar que o governo do ex-líder líbio Muammar Gaddafi tentou financiar sua campanha eleitoral de 2007.

Sarkozy, por sua vez tentou constranger o seu adversário, o socialista François Hollande, ao dar ênfase ao escândalo que envolveu o ex-diretor-geral do FMI Dominique Strauss-Kahn, que era o favorito para disputar a Presidência pelo Partido Socialista até ser preso por acusações de estupro no ano passado.

A última pesquisa de opinião mostrou que a vantagem de Hollande diminuiu ligeiramente antes do segundo turno, no próximo domingo.

A pesquisa do Ipsos-Logica para a France Inter mostrou queda de um ponto para o socialista, que ficou com 53 por cento das intenções de voto, e aumento de 1 ponto para Sarkozy, passando a 47 por cento. Uma compilação da Reuters das sondagens publicadas desde o primeiro turno, em 22 de abril, dá a Hollande uma vantagem média de 54 por cento.

GADDAFI

Travando uma batalha difícil pela reeleição, Sarkozy rejeitou uma suposta carta de 2006 do ex-chefe do serviço secreto da Líbia, publicada pela Mediapart, que discutia um “acordo de princípio” para dar 50 milhões de euros a campanha de Sarkozy.

O caso não deve abalar a eleição nesta fase final na França, onde os eleitores estão acostumados a denúncias de irregularidades.

“Iremos apresentar uma queixa contra a Mediapart,” disse Sarkozy à rede de TV France 2. “Vocês realmente acham que, com o que fiz a ele, o senhor Gaddafi teria feito uma transferência bancária para mim? Por que não um cheque nominal? É grotesco”.

O mandatário, que conheceu Gaddafi em Paris em 2007, foi um dos maiores apoiadores dos ataque aéreos contra o governo líbio durante o levante de 2011 na Líbia.

Aviões de guerra franceses foram os primeiros a bombardear as tropas leais a Gaddafi na campanha conduzida pela Otan, que resultou na deposição e assassinato de Gaddafi pelas mãos das forças rebeldes em outubro.

Sarkozy não disse sob que fundamentos legais irá processar site, mas qualificou o documento de “falsificação óbvia”, afirmando que as duas pessoas na Líbia que teriam enviado e recebido a carta negaram envolvimento.

O empresário franco-libanês Ziad Takieddine, um dos homens que a Mediapart diz ter estado presente no acordo, disse ao jornal esquerdista Libération, em entrevista publicada nesta segunda-feira, que não estava lá quando o documento foi assinado, mas o chamou de crível.

DEBATE CRUCIAL NA TV

Sarkozy tem provavelmente sua última chance de mudar o curso contra Hollande quando eles se enfrentarem na televisão na quarta-feira à noite para o único debate frente a frente da campanha, que deve atrair milhões de telespectadores.

Em 2007, comentaristas disseram que uma acalorada discussão entre Sarkozy e a socialista Ségolène Royal ajudou a ampliar a vantagem do líder de centro-direita depois de Royal – ex-mulher de Hollande – perder a calma ao falar sobre crianças deficientes.

Os dois candidatos também se preparam para as celebrações do Primeiro de Maio na terça-feira. Sarkozy planeja realizar um comício na praça Trocadero, em Paris, para rivalizar com as tradicionais marchas sindicais para defender os direitos dos trabalhadores. O presidente disse na semana passada que o seu evento iria mostrar o “trabalho verdadeiro” — um termo do qual ele acabou se arrependendo.

Além das marchas sindicais, o partido de extrema direita Frente Nacional vai realizar o seu comício anual pelo “Dia de Joana d’Arc”, em que a líder do partido, Marine Le Pen, vai dar sua orientação sobre o voto no segundo turno para os seus partidários.

Hollande disse que iria participar de uma cerimônia em memória ao ex-primeiro-ministro socialista Pierre Bérégovoy, que se matou em 1 de maio de 1993.

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