Bancada de MS apoia CPMI do Cachoeira e defende investigação ampla ‘doa a quem doer’
Parlamentares sul-mato-grossenses não titubearam e disseram sim à instalação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as relações entre o empresário Carlinhos Cachoeira e agentes públicos e privados. Dois dos seis parlamentares encontrados pela reportagem informaram, inclusive, já ter assinado documento para viabilizar a apuração. Também é consenso entre…
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Parlamentares sul-mato-grossenses não titubearam e disseram sim à instalação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as relações entre o empresário Carlinhos Cachoeira e agentes públicos e privados.
Dois dos seis parlamentares encontrados pela reportagem informaram, inclusive, já ter assinado documento para viabilizar a apuração. Também é consenso entre a bancada federal a necessidade de a investigação ser “comprometida com a verdade doa quem doer”.
O deputado federal Fábio Trad (PMDB) destacou ser um dos primeiros a assinar lista para criar a CMPI. “Defendo uma investigação serena, apartidária e comprometida com a verdade doa a quem doer”, declarou. Para ele, a apuração pode, inclusive, “expor outros desdobramentos”. “Novas ramificações deverão surgir”, apostou.
Indagado sobre o risco de a CPMI “acabar em pizza”, Fábio Trad afirmou que o Congresso não tem outra saída a não ser “entrar de cabeça” nas apurações. “Não podemos sucumbir à onda de descredibilidade neste mar de lama”, defendeu.
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB) também informou ter assinado a lista para criar a CPMI. “Toda a classe política está disposta a investigar o esquema, tanto oposição quanto os governistas”, enfatizou “E não haverá cerceamento”, prometeu.
O tucano Reinaldo Azambuja ainda não assinou a lista, mas vai incluir seu nome na próxima terça-feira (17). “Temos a responsabilidade de levar à sociedade todas as informações sobre esse caso”, enfatizou.
O deputado federal Marçal Filho (PMDB) também se mostrou favorável à instalação da CPMI e destacou a indicação de congressistas tanto da situação, quanto da oposição para compor o grupo de inquérito. “O importante é que ela vem para apurar os fatos e mostra que não há interesse político, é uma CPMI isenta”, comentou.
Por meio de sua assessoria, o deputado federal Vander Loubet (PMDB) foi outro a revelar-se favorável à investigação. O senador Antônio Russo (PR) também se manifestou via assessoria de imprensa. Ele seguirá a orientação do bloco “União e Força”. O grupo é composto pelo PTB, PSC e PR e se reunirá na próxima terça-feira para discutir se assinará ou não o requerimento.
Os senadores Waldemir Moka (PMDB), Delcídio dos Amaral (PT) e os deputados federais Antônio Carlos Biffi (PT), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Edson Giroto (PMDB) não retornaram à reportagem para se manifestar sobre a CPMI.
Na mira da CPMI
Preso em fevereiro, Carlinhos Cachoeira é acusado de explorar jogos ilegais e de ter criado uma rede de influência para dar suporte às suas atividades criminosas. As investigações da polícia demonstraram que ele teve contatos com vários políticos de Goiás, entre eles com o senador Demóstenes Torres.
O objetivo da CPMI é investigar, durante 180 dias, as práticas criminosas desvendadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, com o envolvimento de Cachoeira e agentes públicos e privados. O pedido também permite a apuração do esquema de interceptação e monitoramento de comunicações feito pelo contraventor.
A CPMI precisa do apoio de 27 senadores e 171 deputados. A expectativa, segundo o líder do PT, senador Walter Pinheiro (BA), é de que o número de assinaturas necessárias para a criação seja alcançado até a próxima terça-feira. No mesmo dia, o requerimento será entregue às Mesas da Câmara e do Senado.
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