Corumbá está sendo palco para o seminário internacional “Estrutura e Organização Sindical Aquaviária” com a participação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Marinha do Brasil, Organização Internacional do Trabalho (OIT), Confederação Nacional dos Trabalhadores Aquaviários e Aéreos (Conttmaf) e Federação Internacional de Trabalhadores em Transportes (ITF).

O evento, que começou na tarde desta terça-feira, 16 de outubro, segue até amanhã, 18, no Hotel Nacional, com palestras e debates, e está sendo organizado pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Afins (FNTTAA), cujo presidente, Ricardo Leite Goulart Ponzi, comentou sobre o caráter integracionista da hidrovia Paraguai-Paraná.

“Está hidrovia é internacional, envolve cinco países e por conseguinte, envolve trabalhadores da Argentina, do Paraguai e do Uruguai que estão conosco reunidos debatendo a defesa desses profissionais, estamos trabalhando para defender o trabalhador como um todo e esse seminário acrescenta essa particularidade”.

Horácio Dominguez, representante do Centro de Jefes y Oficiales Maquinistas Navales de Argentina, lembrou do importante papel dos caminhos hídricos que unem os países sul-americanos pelas hidrovias.

“Para a República da Argentina, a hidrovia é uma ferramenta fundamental. É um caminho, uma rota de onde podem sair as riquezas do país. Um país sozinho acaba tendo um grande desafio com relação a uma hidrovia internacional por isso a união dos países do Mercosul e dos trabalhadores que nela atuam é, sem dúvida, algo que temos que primar. Essa região tão distante dos grandes centros é ao mesmo tempo tão rica e por isso devemos estar juntos porque os olhos das grandes corporações estão voltados para nós. Por isso devemos estar firmes, seguros e, quando tivermos alguma divergência, nos escutarmos no coração da hidrovia e do Mercosul que é simbolizada por Corumbá”, destacou.

O presidente do Sindicato dos Aquaviários de Corumbá e Ladário, Clarindo Silva, também frisou a necessidade dessa interação entre os profissionais de vários países com objetivo de fortalecer a classe trabalhadora.

“Vemos a importância dessa união, dessa parceria em todo o Mercosul e, em geral, em todo o Brasil. Quando a gente conta com representantes sindicais e unimos forças para lutar por nossos objetivos temos alcançado resultados, porém não é o suficiente, vamos continuar lutando para obtermos melhores frutos e, agora, com a parceria dos companheiros de outros países que integram a hidrovia Paraguai-Paraná”, disse ao se referir aos representantes, além da Argentina, do Paraguai e do Uruguai.

Os assuntos que estão sendo abordados passam por questões de legislação trabalhista, saúde, fiscalização e formação de novos profissionais.