Pular para o conteúdo
Geral

Após condenações, PT diz que venceu campanha criminalizatória

Após três petistas serem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção ativa, o Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota no começo da noite desta quarta-feira em que exalta o desempenho da sigla, mesmo após o julgamento do mensalão. “Nosso desempenho nas eleições municipais ganha ainda maior significado, quando temos em conta que ele […]
Arquivo -

Após três petistas serem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção ativa, o Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota no começo da noite desta quarta-feira em que exalta o desempenho da sigla, mesmo após o julgamento do mensalão. “Nosso desempenho nas eleições municipais ganha ainda maior significado, quando temos em conta que ele foi obtido em meio a uma intensa campanha, promovida pela oposição de direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo explícito é criminalizar o PT”, diz o documento.

Segundo o partido, a população brasileira deu, nas urnas, a resposta para aqueles que pregavam a “destruição do PT”. “Não é a primeira, nem será a última vez, que os setores conservadores demonstram sua intolerância; sua falta de vocação democrática; sua hipocrisia, os dois pesos e medidas com que abordam temas como a liberdade de comunicação, o financiamento das campanhas eleitorais, o funcionamento do Judiciário”.

A nota, assinada pelo Diretório Nacional da sigla, foi elaborada após uma reunião da cúpula em , da qual participaram o ex-ministro José Dirceu e o ex-presdiente do PT José Genoino. Os dois, ao lado do ex-tesoureiro Delúbio Soares, foram condenados por corrupção ativa em julgamento concluído. Os ministros do STF deve decidir nas próximas semanas se também condenam os réus por formação de quadrilha.

A posição do PT, que em nenhum momento da nota citou explicitamente o mensalão, é resultado das críticas à utilização do julgamento pelos adversários políticos em busca de votos. Durante a reunião, alguns petistas aproveitaram para defender os réus e para argumentar que o julgamento não tem impacto nas eleições.

A direção ainda pediu o empenho da militância para defender a sigla dos ataques dos adversários. “Sem nunca perder de vista o caráter local das eleições, daremos prosseguimento ao debate entre diferentes projetos nacionais, a defesa de nossas administrações, a começar pelos governos Lula e Dilma, bem como a defesa de nosso Partido. Aos ataques e manipulações, contraporemos a defesa enfática de nosso projeto estratégico”.

O mensalão do PT

Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.

No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.

Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.

O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.

Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e do irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.

A ação penal começou a ser julgada em 2 de agosto de 2012. A primeira decisão tomada pelos ministros foi anular o processo contra o ex-empresário argentino Carlos Alberto Quaglia, acusado de utilizar a corretora Natimar para lavar dinheiro do mensalão. Durante três anos, o Supremo notificou os advogados errados de Quaglia e, por isso, o defensor público que representou o réu pediu a nulidade por cerceamento de defesa. Agora, ele vai responder na Justiça Federal de Santa Catarina, Estado onde mora. Assim, restaram 37 réus no processo.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Motociclista é socorrido com traumatismo craniano após colisão com carro em Amambai

Shopping Norte e Sul inicia emissões de identidade em novo posto de atendimento

Capotamento deixa três adultos e uma criança feridos na BR-262 em Anastácio

Preso homem que matou pessoa em situação de rua com 7 facadas em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

Trump assina decreto e confirma tarifa de 50% ao Brasil; veja como medida afeta Mato Grosso do Sul

flexpark ação

Campo Grande contesta perícia de indenização ao Flexpark e alega que valor é R$ 1,8 milhão menor

Câmeras mostram Raquel no banco da frente antes de ser jogada na vala pelo amante

trump

Trump assina decreto que impõe tarifas de 50% ao Brasil

Últimas Notícias

Brasil

Veja a íntegra do decreto de Trump sobre tarifas de 50% ao Brasil

Tarifas devem começar a valer no próximo dia 6 de agosto

Esportes

Corinthians x Palmeiras: saiba onde assistir ao clássico desta quarta-feira em Campo Grande

Times se enfrentam na Neo Química Arena, nesta quarta-feira (30)

Economia

Donald Trump exclui de tarifaço terceiro produto mais vendido por MS aos EUA

Somente no 1º semestre de 2025, MS exportou 315 milhões de dólares aos norte-americano

Polícia

Campo Grande sedia curso internacional para formação de instrutores do Proerd

Cerca de 25 policiais, sendo 1 paranaense e 11 paraguaios, estão na cidade para o curso