Os advogados do modelo Daniel, expulso do Big Brother Brasil por suspeita de abuso sexual contra a participante Monique, querem que seu cliente volte ao programa. Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, o advogado Wilson Matias, que representa o modelo, disse que seu cliente teme pela própria vida e que tem ficado no máximo de dois a três dias em casa lugar, para evitar ser vítima de represálias.

“Desafio (Pedro) Bial e Boninho a dizerem em que momento ele infringiu as regras do programa”, disse Matias, que acredita que Daniel esteja sendo vítima de racismo – assim como afirmou o diretor Boninho no início das acusações contra Daniel, nas redes sociais.

Matias, curiosamente, tenta resolver a questão misturando regras do programa com o Código Penal, e extraindo daí uma resultante que colocaria Daniel de novo no centro da popularidade gerada pelo Big Brother Brasil. “Por que a produção do programa permitiu que aquela cena continuasse? Por que não fez nada para impedir, se havia algo que fere as regras do programa?”, perguntou o advogado.

Daniel não participou da coletiva. Segundo seus representantes, ele estava próximo do escritório, no centro do Rio, em um carro com vidros protegidos por película escura, aguardando um posicionamento da Rede Globo sobre a possibilidade de dar entrevista a outros veículos de comunicação. A multa, segundo os advogados, para o caso de descumprimento da exclusividade com a Globo, é de 1,5 milhão de reais – mesmo valor do prêmio do BBB.

Os advogados usam também elementos do depoimento de Monique à Polícia Civil para defender Daniel. Segundo Matias, a suposta vítima afirmou que não houve sexo, apenas carícias consensuais. “Se fosse com o Jonas, não haveria expulsão. Daniel foi eliminado por ser descendente de africanos”, acusou.