Advogado de Bola garante que tem ‘prova cabal’ para provar inocência

O advogado Fernando Magalhães, que defende o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, disse nesta segunda-feira que a banca de defensores que vai atuar no júri do dia 19 de novembro vai apresentar uma “prova cabal” da inocência de seu cliente. “Lógico que não posso revelar, é uma carta na manga que vai desmontar […]

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O advogado Fernando Magalhães, que defende o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, disse nesta segunda-feira que a banca de defensores que vai atuar no júri do dia 19 de novembro vai apresentar uma “prova cabal” da inocência de seu cliente. “Lógico que não posso revelar, é uma carta na manga que vai desmontar a versão da acusação”, afirmou. Além de Magalhães, defendem o ex-policial os advogados Zanone Manuel e Ércio Quaresma.

Além da exibição de um vídeo que o primo de Bruno supostamente teria pedido “perdão a Bola por tê-lo incriminado injustamente, dizendo – você não é o Neném”, como revelou Quaresma, os defensores contarão com a ajuda do perito criminal alagoano George Sanguinetti, que atuou em casos como o assassinato do ex-tesoureiro PC Farias e também Isabela Nardoni.

A reportagem do Terra conversou com Sanguinetti, que mora em Maceió, Alagoas. O perito confirmou a informação do colega mineiro, dizendo que vai “mostrar os absurdos que foram praticados durante a investigação pela polícia” em 2010. “O que vou apresentar vai mudar o rumo da situação. Vamos comprovar que o Bola não tem nada a ver com isso (morte e ocultação do cadáver de Eliza)”, disse.

Sanguinetti não quis adiantar quais provas vai apresentar em plenário, durante o júri de Bruno e outros quatro réus, mas ele voltou a insistir que não houve crime na casa do ex-policial, em Vespasiano, como delatou o primo de Bruno, Jorge Lisboa Rosa, na época com 17 anos.

“Se eu imputo algo a alguém tem que haver nexo casual. Não tem corpo, não tem nada. A lei diz que a prova testemunhal poderá suprir o corpo no delito, mas quando o menor (Jorge) declarou que a Eliza foi morta na casa do Bola, a polícia fez todo tipo de buscas, tudo foi rastreado e nada encontrado”, continuou.

Além da perícia paralela realizada na residência do ex-policial por Sanguinetti, os advogados de defesa vão utilizar também provas do inquérito policial, como as frustradas buscas feitas com o auxílio de equipamentos que localizam ocos em paredes e piso cedidos na época à polícia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e também o resultado negativo dos exames feitos no sangue e no pêlo dos cães de Bola: “Não acharam nada”, concluiu. George Sanguinetti disse que desembarca em Belo Horizonte no próximo domingo.

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