A votação da proposta orçamentária para 2012, na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional (CMO), deve acontecer nesta quinta-feira (22), a partir das 9h. Se o parecer do relator, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), for aprovado na comissão, ele será encaminhado para a votação no plenário do Congresso Nacional. O Congresso marcou duas sessões para amanhã: uma às 11h e outra às 18h.

Durante todo o dia de ontem inúmeras tentativas de acordos foram feitos visando a aprovação da proposta na comissão. Mas por volta das 20h, o presidente da comissão, senador Vital do Rego (PMDB-PB), suspendeu a reunião da CMO por falta de acordo e convocou deputados e senadores que integram o colegiado para a nova sessão de amanhã. “Vamos trabalhar a noite toda para buscar um acordo para a votação. Tendo acordo dá para votar o Orçamento amanhã. Não tendo, não dá para votar”, disse Vital.

Segundo Vital do Rego, não interessa a ninguém adiar a votação do Orçamento para o ano que vem. “Não interessa ao governo e muito menos aos deputados e senadores adiar a votação para o próximo ano. Se não votarmos, como nós do Congresso vamos explicar para milhares de prefeituras que mandaram suas emendas ao Orçamento”.

Uma das maiores dificuldades para a votação da proposta orçamentária é a concessão de ganho real para aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo. Durante todo o dia de hoje, sindicalistas, principalmente da Força Sindical, pressionaram os parlamentares da comissão a aprovar um ganho real para os aposentados.

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), reuniu-se hoje com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para tentar uma sinalização do governo de que seria concedido um ganho real para os aposentados. Por volta das 20h de ontem, o deputado informou que não houve nenhum avanço nas negociações e nenhuma sinalização de ganho real para aposentados neste Orçamento.

O senador Vital do Rego informou que poderá haver alguma sinalização no texto do Orçamento sobre uma política de valorização dos aposentados, mas não para 2012. Ele descartou qualquer possibilidade de inclusão de reajustes de servidores e de aposentados no texto do Orçamento. “Não acredito na inclusão de nenhum reajuste na proposta orçamentária”.