A mulher, de 60 anos, deixou um assentamento em companhia da neta, de 11 anos, há mais de um mês. Desde então as duas não foram mais vistas.
Há um mês e 16 dias desaparecidas, a família de Ana Lúcia Xisperes da Silva, 60 anos e Kauane da Silva Pereira, 11 anos, pede ajuda para encontrá-las.
No dia 4 de novembro, segundo os familiares, elas saíram de carona do assentamento “Patativa do Afaré”, com destino a capital e esta foi à última vez que foram vistas. Os parentes já percorreram as divisas do estado para distribuir cartazes e afirmam que a angústia de não saber o que aconteceu está deixando todo mundo desesperado.
“O pai da Kauane já ficou doente e toda a família está desesperada. Nós já percorremos muitos quilômetros atrás das duas, perguntando para todo mundo, mas ainda não temos nenhuma pista concreta. Eu recebi ligações dizendo que elas estavam desnorteadas, pedindo dinheiro e comida em Água Clara e depois em São Gabriel do Oeste, mas nada foi comprovado”, afirma a sobrinha de Ana Lúcia, Mara Cristina Xisperes da Silva, 39 anos.
Mara Cristina conta que saiu de Campo Grande com destino a Coxim, na noite de quinta-feira (21), três de novembro, para encontrar com Ana Lúcia, já que ela retiraria a sua aposentadoria e ambas visitariam uma “irmã de criação”. Por volta das 23h, ambas se encontraram e foram até a casa da parenta. Elas jantaram, dormiram por lá e no outro dia foram para a BR para pegar carona.
“A Ana foi com uma sobrinha de 17 anos em um caminhão carregado de madeira e eu peguei carona em outro que vinha logo atrás. Nós paramos na entrada do assentamento e a Kauane já estava lá esperando pela avó. Ela não sabia que a avó ia seguir viagem para Campo Grande e por isso disse que estava suja e descalça, mas mesmo assim ela quis ir junto. Fui de carona em uma carreta e elas em outra. Nós íamos nos encontrar próximo a minha casa, no bairro Jardim Colúmbia. Cerca de 20 minutos depois, a carreta que eu estava ultrapassou a delas e esta foi a última vez que as vi”, afirma Mara Cristina.
Ao chegar à capital por volta das 18h20, segundo Mara, ela foi ao ponto de encontro e depois deixou um sobrinho para buscá-las, até as 22h esperando. “O celular estava estragado e aqui na cidade eu ia dar outro para ela, por isso nem telefone tem para entrar em contato. Mas, o mais estranho é que a Kauane sabe fazer ligações e até hoje não recebemos nenhuma, a não ser que ela esteja para fora do estado. Até os professores da escola dela estão assustados, já que Kauane tinha um comportamento excelente. Registramos boletins de ocorrência e a família agora aguarda uma resposta.