Viradas, expulsões e polêmicas: Botafogo bate o Flu por 3 a 2
Um clássico, na acepção da palavra. Fluminense e Botafogo fizeram neste domingo uma partida para ficar durante muito tempo na memória dos torcedores. O Alvinegro venceu por 3 a 2 o Tricolor, no Engenhão, pela sexta rodada da Taça Guanabara, num jogo marcado por duas viradas de placar, bolas na trave, decisões polêmicas da arbitragem […]
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Um clássico, na acepção da palavra. Fluminense e Botafogo fizeram neste domingo uma partida para ficar durante muito tempo na memória dos torcedores. O Alvinegro venceu por 3 a 2 o Tricolor, no Engenhão, pela sexta rodada da Taça Guanabara, num jogo marcado por duas viradas de placar, bolas na trave, decisões polêmicas da arbitragem e até uma cavadinha frustrada.
Com o resultado, o Botafogo chegou à liderança do Grupo B, com 16 pontos e em boa condição para evitar o clássico contra o Flamengo na semifinal da Taça Guanabara, podendo enfrentar Nova Iguaçu ou Resende. Já o Tricolor, que soma 15 pontos, precisa vencer seu próximo compromisso e torcer por um tropeço do Alvinegro na última rodada para reconquistar a primeira colocação.
O Fluminense volta ao Engenhão na próxima quarta-feira para enfrentar o Argentinos Juniors, da Argentina, pela primeira rodada da Libertadores. Em seguida, enfrenta o Madureira no domingo, mesmo dia em que o Botafogo recebe o Macaé, pela rodada final da fase de classificação da Taça Guanabara.
O jogo
A partida começou com as duas equipes investindo muito na marcação individual. No Botafogo, Loco Abreu e Herrera eram acompanhados de perto, enquanto os tricolores Conca, Fred e Rafael Moura eram perseguidos por seus adversários. Sem articulação dos dois lados, o jogo poderia ser decidido nas jogadas de bola parada. E apenas aos 23 minutos o primeiro lance de real perigo aconteceu.
Foi um jogador menos badalado o primeiro a brilhar na noite. Renato Cajá cobrou falta pelo lado esquerdo e acertou o ângulo direito de Diego Cavalieri, abrindo o placar para o Botafogo. Logo em seguida, o camisa 10 alvinegro acertou uma outra bomba, mas que explodiu no travessão do goleiro tricolor. A partir deste momento o jogo ganhou uma outra cara, com as duas equipes buscando mais o ataque, embora o nível técnico não fosse dos melhores.
Aos 30 minutos o Fluminense chegou ao empate levando vantagem sobre aquela que é uma das virtudes do Botafogo: a bola aérea. Após cobrança de escanteio, o estreante Rafael Moura apareceu no primeiro pau para escorar de cabeça e fazer 1 a 1. O Tricolor retomou as ações ofensivas e foi em busca da virada.
Mas na ânsia de chegar à frente no placar, o Fluminense deu espaços em sua defesa e viu sua situação complicar aos 41 minutos, quando Valencia recebeu o segundo cartão amarelo ao cometer falta em Herrera. O lance gerou uma confusão entre os dois artilheiros do Campeonato Carioca. Revoltado com a reclamação de Loco Abreu, que pressionou o árbitro Gutemberg de Paula Fonseca para que desse o cartão vermelho ao volante tricolor, Fred foi tirar satisfações com o uruguaio.
Apesar de o Botafogo ter a vantagem no número de jogadores, foi o Fluminense quem chegou à vantagem no placar, aos 44 minutos, em nova falha de marcação do Alvinegro dentro da área. Souza cobrou falta na área e Fred deu um leve desvio. Jefferson espalmou no reflexo, e Rafael Moura completou, marcando pela segunda vez no clássico. Tudo isso logo depois de Renato Cajá acertar outra bola no travessão de Diego Cavalieri.
Quando ainda buscava se reorganizar para alcançar o empate, o Botafogo viu seu capitão ser expulso de campo. Marcelo Mattos recebeu o vermelho aos 46, após falta em Conca. O primeiro tempo começou com todos os jogadores com os nervos à flor da pele, numa troca de reclamações.
Mas estava enganado quem achou que o estoque de emoção se esgotou no primeiro tempo. Logo no início da segunda etapa o Botafogo teve uma grande oportunidade de empatar a partida quando o árbitro marcou pênalti de Rafael Moura em Márcio Azevedo. Loco Abreu foi para a cobrança usando a tradicional cavadinha. Mas Diego Cavalieri ficou parado no meio do gol e fez a defesa como se fosse um recuo de bola.
Este lance representou um raro momento em clássicos, pois todo o Engenhão gritou o nome de Loco Abreu. Os tricolores, em forma de ironia, e os alvinegros, numa forma de apoiar o ídolo. Mas a angústia do camisa 13 durou pouco tempo, pois logo em seguida houve um novo pênalti a favor do Botafogo, desta vez de Edinho em Bruno. Herrera chegou a pegar a bola para fazer a cobrança, mas Abreu convenceu o companheiro de ataque e bateu. Ele novamente usou a categoria, mas desta vez deslocou o goleiro tricolor, fazendo 2 a 2 aos 11 minutos.
Para tentar recuperar a vantagem, o Fluminense foi para cima, mas cometeu um erro que acabou por ser fatal. Numa bola perdida em seu campo ofensivo, o Tricolor deu espaço para que o Botafogo puxasse um contra-ataque. Renato Cajá avançou pelo meio e fez um lançamento milimétrico para Herrera, que apareceu no meio da zaga adversária e chutou para virar o placar para o Alvinegro aos 18 minutos.
Com a vantagem em suas mãos, o Botafogo se fechou e passou a apostar nos contra-ataques. A eequipe de Joel Santana foi muito pressionada, mas teve nas grandes defesas do goleiro Jefferson a garantia da vitória. Um dos personagens do clássico, o árbitro Gutemberg de Paula Fonseca encerrou a partida antes dos 47 minutos prometidos.
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