O procurador de Justiça aposentado Carlos Zeolla está sendo julgado nesta manhã por ter matado a tiro o sobrinho, em março de 2009; ele foi indiciado por homicídio qualificado, crime que pode resultar numa pena que varia de 12 a 30 anos de prisão

Etevaldo Luiz Ferreira Machado, o funcionário do procurador aposentado Carlos Zeolla, 46, julgado hoje por matar o sobrinho em 2009, disse há pouco em depoimento, que o réu o ameaçou logo após o crime. “Ele [Zeolla] disse que se falasse para alguém eu seria o próximo”, afirmou o rapaz,

Machado ainda era menor de idade no dia crime, em 3 de março de 2009. Ele guiava o carro e fazia serviços domésticos na casa do procurador.

O rapaz disse que no dia do crime tomou café por volta 6h30 minutos com o réu, depois o levou até o Horto Florestal, onde Zeolla costumar caminhar pelas manhãs.

Perto das 8 horas, Zeolla pediu para o funcionário levá-lo até a rua Bahia. Próximo a academia freqüentada por Cláudio Zeolla, o sobrinho do réu, na esquina com a rua Pernambuco, o procurador desceu do carro.

Etevaldo Machado mexia no celular, dentro do carro, quando viu pelo retrovisor Cláudio Zeolla empurrando a bicicleta. Logo em seguida, o rapaz disse ter ouvido o estampido e o sobrinho do procurador caído no chão. O tiro atingiu a nunca da vítima, disse a testemunha.

O procurador entrou no carro e mandou o funcionário seguir para a saída de Três Lagoas. Antes, contudo, ele fez a dizendo que se o rapaz contasse o que viu poderia ser “o próximo”.

Na saída de Três Lagoas, Zeolla trocou de roupa e jogou alguns pertences fora, depois retornou para a casa, no bairro Monte Castelo, onde os policiais já o aguardavam.

Outra testemunha ouvida, Natála Pereira dos Santos, viúva de Cláudio Zeolla, disse que um dia antes do crime, o marido havia discutido com o avô, Américo Zeolla, pai do procurador.

Ela disse que a empregada da casa de Américo teria pego um ventilador do rapaz para descongelar a geladeira. Claudio Zeolla não teria gostado e discutiu por isso. Américo Zeolla entrou na , mas foi empurrado pelo neto.

O procurador Carlos Zeolla, em depoimentos passados, disse ter matado o sobrinho por esta razão. Ele disse que o rapaz teria batido em seu pai, que teria sido levado para o hospital por conta da briga.

Américo Zeolla, ex-combatente de guerra morreu em abril do ano passado.

A terceira testemunha ouvida nesta manhã, Júlio Cesar Gama Feitosa, disse ter visto o procurador Carlos Zeolla descer do carro e atirar na nuca da vítima. Feitosa disse ter socorrido o rapaz, enquanto o réu fugia do local.

Desde o crime, Zeolla está internado num hospital que cuida de pacientes psiquiátricos.

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