A Suprema Corte de Israel deu luz verde nesta segunda-feira (17) para a troca de prisioneiros com o movimento islâmico Hamas, rejeitando pedidos contra o acordo para trocar centenas de palestinos presos em Israel pelo soldado israelense Gilad Shalit, disseram autoridades.
Não era esperado que o tribunal interviesse no caso, e o acordo está previsto para ser cumprido na terça-feira. As apelações contra a troca foram apresentadas por familiares de israelenses mortos em ataques liderados por alguns dos prisioneiros palestinos que devem ser libertados.

A primeira fase da troca deve encerrar uma saga que tem cativado os israelenses durante os cinco anos em que Shalit esteve preso na Faixa de Gaza, região governada pelo Hamas.

Mas de acordo com a legislação israelense, aqueles que são contra a libertação dos 477 prisioneiros palestinos poderiam recorrer antes que a troca fosse realizada.

Quatro petições foram apresentadas na Suprema Corte pela Associação de Vítimas do Terror de Almagor e por parentes dos israelenses mortos por ataques palestinos.

Uma pesquisa de opinião realizada pelo jornal israelense Yedioth Ahronoth descobriu que 79 por cento do público estava a favor do acordo com o Hamas, um grupo islamista que defende a destruição de Israel.

O Hamas preparou uma festa de boas vindas em Gaza para 295 prisioneiros que devem ser enviados ao território. Os palestinos os consideram irmãos detidos por Israel como prisioneiros de guerra na luta por um Estado palestino. Atualmente, Israel mantém cerca de 6 mil palestinos presos.

Shalit, hoje com 25 anos, foi capturado em 2006 por militantes que chegaram a Israel da Faixa de Gaza por meio de um túnel e surpreendeu sua equipe de tanques, matando dois outros soldados.