O ex-governador de São Paulo, José Serra, foi a Brasília nesta quarta-feira (09). Ele se encontrou com deputados do partido na Câmara e em seguida almoçou com senador e com o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE). Segundo a senadora Marisa Serrano (PSDB), o encontro foi muito agradável e extremamente proveitoso.

“Conversamos sobre temas que vão pautar o Senado, sobre os primeiros dias do governo Dilma, sobre a postura da oposição e sobre o salário mínimo”, contou a tucana pelo Mato Grosso do Sul. Segundo o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), “foi um almoço de confraternização, mas aproveitamos para discutir temas de interesse da oposição, como o salário mínimo e a reforma política”.

Para o senador Aloysio Nunes (SP) o encontro foi importante para fortalecer a posição da bancada na defesa de um salário mínimo de R$ 600,00. Ele disse ainda que alguns pontos da reforma política, como o voto distrital, são mais fáceis de serem aprovados agora por causa da proximidade das eleições municipais de 2012. “Dessa forma, não vai haver tantos interesses contrários”, destacou. Tanto Aloysio Nunes como o senador Aécio Neves (MG) vão fazer parte da Comissão do Senado que vai discutir a reforma política.

O ex-governador José Serra também fez uma defesa da reforma política o mais rápido possível. “O voto distrital pode baratear entre cinco a dez vezes o custo de uma eleição”, disse. Serra defendeu ainda a unidade do partido e o papel da oposição no atual governo. “Não existe oposição malvada. A oposição é importante para a qualidade do governo, principalmente quando ela cobra promessas de campanha e ética na política. Veja só: nós temos um setor elétrico que apresenta mais escândalos do que soluções”.

Segundo o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, as reuniões de Serra com deputados e senadores foram produtivas. “Tanto na Câmara como no Senado o partido se uniu em torno da proposta do salário mínimo de R$600,00 que foi defendida por José Serra na campanha”, disse.