Robinho não é propriamente um centroavante, mas a sua falta de gols pela Seleção Brasileira provoca cobrança ao atacante. O camisa sete não marca desde o dia 3 de julho, quando o Brasil perdeu para a Holanda nas quartas da Copa da África do Sul, mas se afasta da pressão para balançar as redes nesta Copa América.
Robinho tem jogado mais recuado do que o normal, quase como um meia ao lado de Paulo Henrique Ganso, e acredita que a responsabilidade dos gols deve ser maior para Neymar e Alexandre Pato. Os dois atacantes encerraram o jejum no último jogo contra o Equador com dois gols cada.
“Eu gosto de fazer gols, mas não posso me desesperar. Vai acontecer naturalmente. A cobrança pelo número nove é maior”, disse Robinho, que vê seu posicionamento atual como parte da explicação pela falta de gols .”Tenho ficado mais longe da área. Por essa distância talvez esteja mais difícil eu chegar ao gol”, disse.
O posicionamento citado por Robinho pode ser explicação em cinco dos nove jogos que Robinho disputou na Era Mano Menezes. Nos outros quatro, o atacante jogou mais adiantado, como nos tempos em que foi mais eficiente na Seleção, e também decepcionou.
A falta de gols é só parte das cobranças que Robinho tem sofrido por conta de sua instabilidade na Seleção nesta nova fase. Com atuações irregulares, longe de sua melhores com a camisa amarela, o atacante chegou a ir para a reserva nesta Copa América, mas retomou a posição com o desafio de não perder mais. “Não gosto de ir para a reserva”.
No momento em que perdeu espaço no time, Robinho mudou de visual. Tirou o topete e voltou a ter a cabeça raspada com a ajuda dos cabelereiros improvisados André Santos e Neymar. “O corte cabeludo não estava me dando muita sorte, estava meio pesado. Deu sorte, carequinha eu joguei bem e o Brasil ganhou”, brincou.
Retrospecto
A cobrança em cima de Robinho é justificada pelo histórico. O jogador marcou seis gols na Copa América de 2007 e sagrou-se artilheiro do torneio. Agora, completará neste domingo, às 16h, contra o Paraguai, seu terceiro jogo na atual edição ainda sem balançar as redes. A repetição do número parece quase impossível.