Depois de dizer que o estado de São Paulo precisa “apertar o passo” nas obras se quiser sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014, o Ministro dos Esportes, Orlando Silva, voltou a mostrar preocupação com o assunto e afirmou que o estado pode ficar fora da Copa das Confederações, realizada um ano antes. “Se o estádio do Corinthians não ficar pronto, acredito que São Paulo fica fora da Copa das Confederações.”

Durante um seminário organizado na Assembleia Legislativa, na Zona Sul da capital, para discutir os investimentos e desenvolvimentos que serão feitos no município para o mundial de futebol, Silva criticou a demora na construção do chamado Itaquerão, na Zona Leste da cidade.

O estádio teria capacidade para 65 mil lugares e, por isso, condições de abrigar a abertura da Copa. “O que eu sustento é que não é razoável que a Fifa beneficie uma cidade que não cumpriu o acordo feito anteriormente. Não faz sentido fazer a Copa das Confederações em um estádio que não vai servir para a Copa do Mundo”, comentou o ministro. saiba mais Liberação de terreno do Itaquerão será assinada nesta quarta, diz MP

Para o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, caso a reforma do Palestra Itália ficasse pronta até Copa das Confederações, a arena do Palmeiras poderia abrigar a competição. Entretanto, após o posiciomento do ministo dos Esportes, Sanchez afirmou que São Paulo deverá ficar de fora da competição.

O secretário de articulação da Copa do Mundo em São Paulo, Gilmar Tadeu Ribeiro Alves, minimizou a possibilidade de São Paulo não participar da Copa das Confederações. “O principal, nosso objetivo é realizar a abertura da Copa do Mundo, ter aqui na capital o centro de mídia internacional, ter aqui o congresso da Fifa.

Estes são os grandes objetivos da Prefeitura de São Paulo. Se conseguirmos realizar a Copa das Confederações, é uma coisa a mais. Claro que nós temos interesse. Mas temos que focar nos objetivos centrais e principais que ajudarão a cidade. Isso dará uma visibilidade maior para a cidade de São Paulo”, afirmou.

Nesta semana, o Ministério Público, o Corinthians e a Prefeitura firmaram um acordo judicial que garante ao clube a manutenção da concessão do terreno que ocupa desde 1988, podendo usufruir dele até 2078.

Em contrapartida, o time alvinegro terá que investir R$ 12 milhões até 2019 na realização de obras sociais. Em troca, a Promotoria de Habitação e Urbanismo prometeu retirar da Justiça uma ação que move contra o Corinthians desde 2001 para que o clube devolva à Prefeitura o terreno da Zona Leste.

O motivo do processo foi o descumprimento de uma das cláusulas do acordo de concessão. Para que o acordo judicial seja validado, ainda é preciso a homologação dele pelo Poder Judiciário. Além disso, para iniciar as obras, o clube necessita de licenças que devem ser emitidas pela Prefeitura.