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Sanesul isola rede de distribuição e deixa mais de 20 famílias sem água

Mais de 20 famílias moradoras na rua da Cacimba, no bairro Cervejaria, em Corumbá, foram completamente isoladas da rede de abastecimento de água da Sanesul. Desde a tarde da 2ª feira, 11 de julho, ninguém ali sabe o que é ter água correndo nas torneiras ou chuveiros. O curioso nessa situação é que os moradores […]
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Mais de 20 famílias moradoras na rua da Cacimba, no bairro Cervejaria, em , foram completamente isoladas da rede de abastecimento de água da Sanesul. Desde a tarde da 2ª feira, 11 de julho, ninguém ali sabe o que é ter água correndo nas torneiras ou chuveiros.

O curioso nessa situação é que os moradores alegam que as contas estão absolutamente em dia e que os funcionários que isolaram a rede de distribuição de água, daquela rua que margeia o rio Paraguai, informaram que o serviço foi feito porque ali só tinham ligações clandestinas, popularmente chamadas de “gato”.

“Eles chegaram por volta de 1 da tarde, começaram a mexer; quebrar a rua e quando retornei do serviço não tinha mais água”, contou a este Diário, Juliete Ferreira, uma das moradoras atingida pela ação da Sanesul. “O funcionário da empresa disse que cortaria a água porque ninguém ali pagava conta e seria tudo gato. Estamos desde segunda-feira sem água. Fomos à Sanesul tentar sanar o problema, mas ninguém resolve”, complementou.

Juliete contou também que disseram que ela estava em débito com a empresa de abastecimento de água. Situação que, segundo a moradora, não condiz com a realidade. “Disseram que eu tenho conta em débito e eu tenho como provar que essa conta está paga. Tenho todas as contas pagas, está tudo certinho”, afirmou.

Ela mesma procurou a concessionária dos serviços de água e esgoto para resolver a situação, mas o que encontrou foi um quadro de aparente desconhecimento do problema. “Fui até a Sanesul, disseram que não sabiam do corte, e que não tinham passado nada para os funcionários [para a execução do corte]. Ficaram passando de um para outro e não resolveram”, contou.

Para amenizar o problema de não ter água em casa nem para lavar prato, os moradores estão contando com a ajuda dos vizinhos do bairro Cervejaria. Muitos aproveitam as mangueiras da vizinhança para encher baldes e garrafas com a água, que será usada para beber; lavar louças; fazer comida e tomar banho.

Outra forma encontrada foi aproveitar o registro do Ecoparque da Cacimba da Saúde para pegar água. “A gente vem aqui; enche baldes e sai carregando até em casa”, contou um morador. “O problema é que a água sai desse jeito, com essa cor”, complementou. A água que enchia o balde tinha uma coloração branca muito forte e eles precisam aguardar certo período até que o produto químico – provavelmente o cloro – assente e a água fique incolor.

Todo o desconforto e transtorno provocados pela retirada dessas famílias da rede de distribuição de água revoltou Ana Maria de Souza. “Minha água está paga e a Sanesul cortou tudo. Cortaram a rede totalmente e desligaram a água para todos os consumidores, alegando que é tudo gato. Mas nós pagamos nossas contas. Desde segunda estamos sem nada de água e agora estou procurando meus direitos”, contou a moradora, uma das mais antigas daquela localidade.

A grande parte dos moradores manifestou o desejo de recorrer à Justiça contra o ato da Sanesul.

O outro lado

A este Diário, o gerente regional da Sanesul de Corumbá, Sérgio Philbois, explicou – por telefone – que a empresa de abastecimento promove a padronização da rede e por isso a necessidade da manobra operacional. Contudo, ele disse que a área atingida possui muitas ligações sem cadastro. A medida foi a “única forma” para realizar o reordenamento e a padronização da rede.

O gerente regional admitiu que os moradores que estavam com a situação regular – com as contas de água em dia – teriam o serviço de abastecimento retomado. Quem apresentasse alguma pendência deve procurar a Sanesul.

“Ali há muitas ligações que não existem cadastro, então devem procurar a Sanesul para que providenciem a instalação correta. Após a regularização o prazo para a adequação da rede é de 72 horas. Quem está com a situação regular, terá o sistema de distribuição refeito”, afirmou o gerente regional.

A respeito de cortar água de quem não tinha débitos com a concessionária, situação alegada por muitos moradores da rua da Cacimba, Philbois reconheceu o transtorno causado e argumentou que “não havia” outra forma para a empresa executar o serviço. Questionado sobre a possibilidade de os consumidores afetados pela medida acionarem a Sanesul na Justiça, ele disse que a ação judicial era “direito do cidadão”.

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