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Salários de Hackers superam os R$ 10 mil

Antes de completar 14 anos, Rodrigo ganhou seu primeiro “salário”: internet de graça. Morador de Bauru, a 343 km de São Paulo, o jovem descobriu uma falha de segurança em um provedor da cidade que permitia acessar a web sem pagar. Ele comunicou o erro à empresa, que, em compensação, não o cobrou mais pela […]
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Antes de completar 14 anos, Rodrigo ganhou seu primeiro “salário”: internet de graça. Morador de Bauru, a 343 km de , o jovem descobriu uma falha de segurança em um provedor da cidade que permitia acessar a web sem pagar. Ele comunicou o erro à empresa, que, em compensação, não o cobrou mais pela internet.

– Eles só me pediam para, de tempos em tempos, testar o serviço deles e ver se tinha problemas.

Hacker desde a adolescência, Rodrigo Branco tem hoje 27 anos e trabalha como diretor de Pesquisas de Vulnerabilidades e Malware da empresa Qualys, multinacional especializada em segurança da informação.

O principal trabalho desses hackers é pesquisar novas tecnologias para desenvolver sistemas de segurança. É com o trabalho deles que as empresas de todo o mundo, grandes ou pequenas, protegem seus sites, servidores e softwares dos vírus e dos ataques de outros hackers – os chamados crackers, que são pessoas que atuam de forma ilegal ou sem ética, invadindo sistemas.

Cada empresa tem sua especialidade, como, por exemplo, desenvolvimento de softwares que buscam falhas de segurança, testes de programas para conhecer as vulnerabilidades e simulações de ataque.

E essa é uma pequena parte do campo de trabalho dos hackers, como explica Filipe Balestra, de 27 anos, gerente do Laboratório de Pesquisa de Segurança da Cipher.

– Uma empresa pode nos contratar para testar programas já prontos para conhecer as vulnerabilidades. Ou então nos contratam antes de desenvolver o programa, para criar produtos seguros desde o começo.

Hacker é um nome, inclusive, que Balestra não prefere utilizar.

– O termo hacker gera confusão. É profissional de sistema de informação.

E o salário nem é o melhor

Rodrigo Branco fez faculdade em sistemas de informação na Faculdade G&P, depois concluiu uma pós-graduação em segurança da informação e mestrado em engenharia da computação, ambos pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). A formação, no entanto, não é um pré-requisito fundamental para trabalhar na área, diz ele. O que as empresas buscam são profissionais com conhecimento.

– A formação não é pré-requisito. O pré-requisito [para contratar] é o conhecimento da equipe. Tem também o espírito de ser inquieto, de estar buscando conhecimento. E tem que compartilhar, divulgar as informações que descobre. [Para a minha equipe, contratei] pesquisadores, hackers que faziam pesquisas na internet e divulgavam o que eles descobriam.

A equipe de Rodrigo tem cinco pessoas, que vão desde tecnólogo – formado há apenas dois anos – a estudante de doutorado. A idade média do time é 25 anos. Rodrigo diz que um analista júnior pode ganhar R$ 3.000 ou até R$ 4.000.

– Ser um analista sênior depende mais do conhecimento acumulado do que da idade. Aos 30 anos você já pode ganhar R$ 12 mil. Ou até mais, dependendo da área.

Retrato confirmado por Balestra.

– Já contratei pessoas com conhecimento, e já contratei profissional mais “júnior”, pra ir aprendendo. Daí você encaixa em projetos mais simples.

Balestra conta que os profissionais podem começar a carreira já com salários de R$ 6.000.

Para Branco, no entanto, a maior gratificação não é o salário, mas, sim, os benefícios e as condições de trabalho. Eles trabalham de casa, têm horários totalmente flexíveis e viajam muito.

– O mais natural nessa área é ir às conferenciais mundiais. E isso é ainda mais interessante para um jovem.

Tanto que, na última semana de junho, Rodrigo foi passear alguns dias “pela floresta amazônica”.

– Eu simplesmente fui passear e fiquei trabalhando de lá. O hotel tinha conexão com a internet, embora não fosse muito boa. Eu levei os notebooks e trabalhava à noite, basicamente. Durante o dia eu fazia os passeios que tinha pra fazer.

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