Reeducandas que fazem parte do Projeto Esperança no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ), na Capital, participaram esta semana de uma palestra com o professor de Anatomia Humana da Universidade Federal de (UFMS), Antonio Pancrácio de Souza, que abordou as consequências danosas que o uso de drogas causa ao corpo humano.

Acompanhado pela enfermeira-assistente Nilzenéia Costa, o professor destacou às internas que uso de entorpecentes prejudicam o sistema circulatório (vasos e coração) e o cérebro. “Principalmente a capacidade de aprendizado e atenção naquilo que realmente é relevante pra nossa vida”, comentou, informando que as drogas também prejudicam o sistema respiratório, rins e fígado, além do sistema de defesa contra doenças, entre outros males.

Segundo Souza, a qualidade de vida da pessoa é grandemente reduzida. “A boa notícia é que o nosso corpo pode recuperar boa parte do que foi perdido, caso o dependente químico acredite nas suas capacidades que Deus lhe deu e passe a lutar pela sua liberdade plena, buscando a todo custo a abstinência das drogas”, enfatizou.

De acordo com a coordenadora do Projeto Esperança, Rosana Costa, psicóloga da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), a palestra foi focada na esperança da retomada da vida pelo amor próprio, base do trabalho, que tem enfoque em reeducandas com histórico de uso de drogas.

Rosana ressalta que o projeto busca, por meio de uma terapia em grupo e de atividades informativas e de lazer, a construção de uma nova realidade, trabalhando conceitos fundamentais como família, dignidade, saúde, autoestima e amor ao ser humano.