Em função das fortes chuvas ocorridas nos últimos dias em Campo Grande, o reboco externo de uma das paredes do Museu José Antonio Pereira, que é feito de taipas, caiu e está sendo reparado por uma equipe da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha).
De acordo com a diretoria da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), o material é sensível e requer conhecimento da técnica ecologicamente correta, feita a partir de barro e madeira. Por isso, o conserto deve ser feito o mais rápido possível, para evitar que novas chuvas ocasionem outros descolamentos.
“O manuseio do material feito de taipas não é executado por qualquer profissional. É necessário um especialista no assunto, por isso já contatamos empresa que trabalha com o material em Campo Grande”, informou Roberto Figueiredo, titular da Fundac.
A taipa é utilizada no Brasil desde o período colonial, mas foi perdendo espaço a partir de 1940 com a popularização e produção em grande escala de tijolos. A mão de obra é escassa, o que contribui para a pouca utilização deste material. No Museu José Antonio Pereira, o reparo deve ser feito com esta técnica porque é tombado pelo Patrimônio Cultural e não pode ter a estrutura original mudada para outro componente de construção.
