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Quase 30% dos estudantes já fizeram uso de álcool ou outro tipo de droga

Pesquisa realizada pelo Centro de Atenção Psicossocial álcool e drogas (CAPS ad), em todas as escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Corumbá, identificou que quase 30% dos alunos entrevistados já fizeram uso de algum tipo de droga, seja ela lícita ou não. Ao longo de cinco meses – entre agosto e dezembro de […]
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Pesquisa realizada pelo Centro de Atenção Psicossocial álcool e drogas (CAPS ad), em todas as escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme) de , identificou que quase 30% dos alunos entrevistados já fizeram uso de algum tipo de droga, seja ela lícita ou não. Ao longo de cinco meses – entre agosto e dezembro de 2009 – foram ouvidos mais de 2,2 mil estudantes que cursavam entre a 5ª e 9ª séries do Ensino Fundamental. A pesquisa envolveu as escolas urbanas e da região das águas.

O quadro apontado pela pesquisa mostra também que mais de 40% desses jovens estudantes – na faixa etária entre 11 e mais de 15 anos – conhecem alguém que comercializa droga e não teriam coragem de denunciá-lo por medo ou para não serem chamados de “fofoqueiros” pelos integrantes do grupo a que pertencem. Quase metade dos entrevistados disse conhecer pessoas que já cometeram algum tipo de delito em função do envolvimento com as drogas.

As 38 perguntas do questionário aplicado aos alunos da Reme, pelas especialistas do CAPS ad, ainda revelam que a imensa maioria desses meninos e meninas entrevistados não conversa com ninguém sobre o problema das drogas. Apenas pouco mais de 10% deles procuram os pais para tirar dúvidas sobre a questão. A influência dos amigos e a curiosidade, de acordo com os estudantes, seriam os principais motivos que levam os jovens ao consumo de álcool e outras drogas.

O questionário incluiu temas relacionados, por exemplo, à estrutura familiar; relação com universo escolar; grau de conhecimento sobre álcool e drogas ilícitas. Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o trabalho definiu como criança a pessoa até 12 anos incompletos. Adolescente, aquela entre 12 e 18 anos de idade.

Álcool: a porta de entrada

Os dados obtidos com a pesquisa para identificar o grau de envolvimento de crianças e adolescentes de Corumbá com drogas psicoativas mostram que 28% deles já fizeram uso de álcool ou outro tipo de droga e 71% disseram que nunca tiveram qualquer contato. Entre aqueles que responderam positivamente 13% afirmaram apenas ter experimentado e o mesmo percentual disse usar de vez em quando. 1% disse que o consumo era diário.

Entre os jovens estudantes que disseram ter usado substâncias psicoativas, 23% afirmaram que o álcool foi a porta de entrada para esse universo; 5% disseram já ter usado mais de uma substância. O local para uso da droga, segundo os alunos, seria a própria casa (9%); com os amigos (8%) e pelas praças (3%). Outros lugares foram apontados por 5% e 73% deixaram a resposta em branco.

Dos 2.222 alunos entrevistados pelo CAPS ad, a esmagadora maioria (72%) declarou ter informação sobre o que é droga; 26% disseram não ter conhecimento algum e 2% não responderam a questão. No universo total de estudantes pesquisados, 22% afirmaram ter presenciado o uso de álcool ou outro tipo de droga na escola; enquanto 76% disseram nunca ter visto e 2% deixaram em branco.

Pais são procurados por 12% dos jovens

Com a pergunta “Tem caso de dependência de álcool ou outra droga na família?”, o Centro de Atenção Psicossocial álcool e drogas buscou avaliar a estrutura familiar desses jovens para apontar se há níveis de desestruturação que colaboram para a entrada no mundo das drogas ainda na fase escolar. Responderam positivamente ao questionamento 38% dos estudantes da Reme e 61% disseram que não tem problemas em casa sobre esse tema.

Dentro dos 38% que confessaram enfrentar o problema em casa, 15% deles informaram que os tios eram dependentes; 9% apontaram o pai; 4% os irmãos e avós e 3% afirmaram que a mãe vivia esse problema. Houve ainda 60% de abstenções.

A família, revelou a pesquisa, é pouco procurada pelas crianças e adolescentes para discutir o problema. Apenas 12% responderam que costumam conversar com os pais sobre drogas. Os amigos são os favoritos para uma conversa; foram apontados por 15% e 43% dos jovens afirmaram não conversar com ninguém sobre o assunto.

O uso de drogas, de acordo com estudantes pesquisados, acontece por vontade própria na visão de 17% dos entrevistados; 4% experimentam por influência dos amigos e 3% disseram que por contato na família. Outros 71% não responderam a pergunta.

Também foi medida a intensidade do uso. 12% dos alunos que afirmaram ter usado droga ou ingerido bebidas alcoólicas disseram que, na última vez que isso aconteceu, tomaram apenas uma dose; 6% confirmaram que foi mais de uma dose e 2% afirmaram ter se embriagado e virado a noite. Houve 73% de abstenções.

Quem usou substâncias psicoativas disse que a sensação era sentida nos sintomas físicos (8%); euforia (7%); sensações depressivas foram descritas por 2%; seis por cento dos jovens disseram não ter sentido nada e 72% se recusaram a responder.

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