As comunidades terapêuticas de Mato Grosso do Sul, que atendem gratuitamente dependentes químicos e suas famílias, estão começando a enxergar uma “luz no fim do túnel” a partir de projetos que estão sendo desenvolvidos pela Setas (Secretaria de Estado de Assistência Social).
A demonstração destas ações aos presidentes das instituições filantrópicas aconteceu no fim da tarde desta quinta-feira (10), durante reunião com a secretária Tânia Mara Garib.

O encontro foi agendado pela deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB). Ela lidera uma comissão, formada no fim do mês passado, durante audiência pública sobre o tema.

Esta comissão é formada pelo promotor de Justiça Sérgio Harfouche, presidente do Conselho Estadual Antidrogas, psicóloga Denise Souza e Silva, que integra a mesma instituição, Marli Mattos, presidente do Cadri (Centro de Apoio aos Dependentes em Recuperação Integrada), Fernando Orempuller, coordenador regional do Amor Exigente, pastora Wainer Carvalho, da Casa do Renovo, Mariza Castro Nogueira, da Abraço-MS (Associação Brasileira Comunitária e de Pais na Prevenção do Uso de Drogas), psiquiatra Marcos Estevão Moura e pastor Samir Zayed, do Esquadrão da Vida.

O objetivo do grupo, ao solicitar reunião com a secretária, é pedir socorro a estas comunidades, que hoje enfrentam sérias dificuldades financeiras. Algumas delas estão ameaçadas, inclusive, de fechar suas portas.

Tânia Garib relatou que a secretaria está planejando um seminário, que pode acontecer ainda este ano, onde os responsáveis por estas comunidades vão receber orientações de como proceder para pleitear recursos federais, por meio de projetos.

As pequenas adaptações estruturais, para que estas instituições possam garantir estes repasses, ficará por conta da Setas.

A secretária também recebeu das mãos da deputada Mara Caseiro um decreto que cria o Plano Estadual de Enfrentamento às Drogas no Estado do Mato Grosso e o comitê gestor, formado por representantes de várias secretarias.
A proposta prevê a destinação de 1% do orçamento destas pastas para a prevenção e o combate ao uso de drogas.
A ideia do governo local é trazer esta ideia para Mato Grosso do Sul. “Quero dizer para vocês que nós não estamos parados, estamos trabalhando duro, ao lado de vocês, para combater este problema em nosso Estado”, afirmou Tânia Garib.

Os dirigentes das comunidades terapêuticas acreditam que a possibilidade de adequação de suas estruturas à resolução 29 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já é um grande passo para garantir repasses importantíssimos à sobrevivência financeira destas instituições.
“Eu mesma tenho alguns problemas no banheiro do prédio, que não me deixam pleitear estas verbas. Com este apoio, podemos ver alguma luz no fim do túnel”, comentou a pastora Wainer Carvalho, da Casa do Renovo.