Depois de duas semanas em Corumbá, os integrantes do Projeto Rondon encerraram suas atividades na cidade nesta manhã, 29 de julho, com um espetáculo que misturou teatro e dança e um desfile de modas, resultados de algumas das oficinas desenvolvidas em órgãos públicos e projetos sociais.
O local escolhido foi o Jardim da Independência onde que por lá passava parava para acompanhar as apresentações que começaram com um desfile de camisetas customizadas. Nas peças, mensagens de esperança e otimismo e, na platéia, muito entusiasmo que aplaudiu as modelos que integram projetos do município como o CAPS ad, CRAS e Projovem. Elas também foram as responsáveis por confeccionar cada figurino sob a orientação dos rondonistas.
A professora Mara Ramirez deu uma pausa nos compromissos na área central da cidade para acompanhar o momento. Como educadora, ela avaliou a importância da presença dos rondonistas. “Esses jovens trazem e levam experiências e informações que são muito úteis não somente para a vida acadêmica e profissional, mas como ser humano. Esse contato direto que não é adquirido em livros e salas de aula”, disse.
O tradicional coreto do Jardim, trazido da Alemanha, “assistiu” a apresentação de danças típicas daquele país, que tem grande influência na região Sul do Brasil, de onde vieram grupos de estudantes, mais especificamente da Universidade Federal de Santa Maria.
O espetáculo de dança e teatro misturou a dança típica alemã com a sulista, tendo ainda o street dance e o balé contemporâneo. No elenco, alunos da Oficina da Dança da Fundação de Cultura do Pantanal. A dramatização teatral teve um texto próprio produzido durante a oficina conforme explicou o acadêmico de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Airton Costa.
Na avaliação do professor Ubiratan Tupinambá da Costa, da Universidade Federal de Santa Maria, a experiência vivida em Corumbá nas últimas duas semanas foi positiva.
“A gente conseguiu atingir os objetivos. Nossas expectativas eram grandes e até temerosas pelo tamanho da cidade, o que não é muito comum para o Projeto Rondon. Mas, em face do apoio recebido pelos órgãos governamentais do município, os acadêmicos conseguiram desenvolver todas as atividades a contento porque tiveram um público-alvo bem definido”, afirmou.
Ele estimou a ação que a ação em Corumbá ganhou em qualidade e também atingiu um grande público.
“As adequações foram feitas com base em sugestões das próprias secretarias e fez com que atingíssemos um número expressivo de pessoas. Nós conseguimos atingir um público-alvo perto de algumas cidades que a gente já andou. Estimamos que aqui foram cerca de 1200 pessoas para quais levamos assuntos bem variados que atingiram todo o extrato de Corumbá”, falou.
Operação Arara Azul
Universitários de seis estados brasileiros iniciaram no dia, 16 de julho, em Corumbá, a participação no Projeto Rondon – Operação Arara Azul. Os acadêmicos, representando 16 instituições de ensino superior percorreram oito cidades sul-mato-grossenses levando ações e serviços para as comunidades carentes e ribeirinhas de Corumbá, Miranda; Bodoquena; Ladário; Guia Lopes da Laguna; Caracol; Porto Murtinho e Anastácio, com o apoio do Exército Brasileiro e das prefeituras locais.
Participam da Operação Arara Azul universitários dos estados de Minas Gerais; São Paulo; Rio de Janeiro; Santa Catarina; Paraná e Rio Grande do Sul.