A presidente Dilma Rousseff negou que haja uma crise no Ministério do Trabalho, tampouco com o responsável pela pasta, Carlos Lupi. Há dois dias, Lupi desafiou a presidente e disse que só sairia do cargo “à bala”. Em um evento no Palácio do Planalto, para comemorar a sanção da leia que amplia os benefícios do programa Supersimples, Dilma evitou comentar as denúncias sobre o favorecimento a pedetistas no repasse de verbas ao ministério.

Perguntada sobre a declaração de Lupi, Dilma deu a entender que perdoou o ministro. “Não tem crise com o ministro do Trabalho. Vocês acreditam mesmo que eu vou responder a isso? Nessa altura do campeonato… Tinha um líder gaúcho que eu não vou dizer qual, que dizia o seguinte: o passado simplesmente passou”.

Dilma ressaltou a importância da aprovação da emenda constitucional que prorroga por mais quatro anos a Desvinculação de Receitas da União (DRU), cuja batalha no Congresso ainda deve durar mais algumas semanas. “O governo percebe que é importantíssimo aprovar a DRU. É fundamental para manter a robustez fiscal. Não é dar ao governo liberdade de gasto. É dar ao governo margem de manobra para uma crise internacional que se avizinha. A DRU foi aprovada no governo Itamar, Fernando Henrique Cardoso e Lula. Estranhíssimo seria se, diante da crise, não se aprovasse a DRU”, cobrou a presidente.