O prefeito de Ladário, José Antonio Assad e Faria, afirmou que no “momento oportuno” vai se manifestar sobre a Operação Questor, deflagrada nesta segunda-feira, 16 de maio, pela Polícia Federal. “Vamos analisar o teor do inquérito para depois disso, emitirmos um parecer”, afirmou o prefeito na tarde desta segunda-feira em seu gabinete. A declaração veio por meio de uma breve nota encaminhada pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Ladário.
A Operação Questor investiga esquema de fraude em licitações públicas. De acordo com as investigações da Polícia Federal, o grupo fraudava procedimentos licitatórios que envolviam verbas públicas federais destinadas à saúde, educação e infraestrutura naquele município. A ação é um trabalho conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria Geral da União (CGU). A investigação da PF acontece há um ano e já teria constatado desvios de recursos federais da ordem de R$ 500 mil.
A PF cumpriu sete mandados de prisão temporária. Seis deles foram de funcionários da Prefeitura ladarense. A nota da Assessoria informa também que durante todo o tempo em que os agentes federais estiveram na sede do Paço Municipal, os policiais foram assistidos pelo prefeito.
O delegado chefe da Polícia Federal de Corumbá, Alexandre do Nascimento, informou que as investigações da operação conjunta com o MPF e a CGU não citam o prefeito José Antonio, mas ele “vai ser investigado”, adiantou.
A CGU atendendo solicitação do MPF também realizou fiscalização nas licitações e contratos da Prefeitura de Ladário – dos anos de 2008 a 2010 – que envolviam recursos federais, identificando irregularidades em todos os procedimentos analisados. Em 2008, foi o último ano da administração de José Francisco Mendes Sampaio (na época filiado ao PDT). A partir de 1º de janeiro de 2009, a Prefeitura passou a ser comandada por José Antonio Assad e Faria (PT).
