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Operação ‘Alvorada Voraz’ apreende 30 carretas e tira de circulação 7 milhões de maços de cigarro

Autoridades policiais e Ministério Público apresentaram na tarde desta quarta-feira (23) o balanço da “Operação Alvorada Voraz”, que coíbe o contrabando de cigarro, vindo principalmente do Paraguai. Desde quando os trabalhos começaram, em outubro do ano passado, a organização criminosa, que contava com a conivência de policiais, já teve um prejuízo médio de R$ 15 […]
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Autoridades policiais e Ministério Público apresentaram na tarde desta quarta-feira (23) o balanço da “Operação Alvorada Voraz”, que coíbe o contrabando de cigarro, vindo principalmente do Paraguai. Desde quando os trabalhos começaram, em outubro do ano passado, a organização criminosa, que contava com a conivência de policiais, já teve um prejuízo médio de R$ 15 milhões com os flagrantes das cargas ilegais, cerca de R$ 500 mil por carregamento.

Nesse período de investigação comandada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pela Polícia Rodoviária Federal foram apreendidos cerca de 50 veículos que atuavam com contrabando. Entre esses, 30 carretas com cigarros do Paraguai, o que significa: 750 mil pacotes do produto, ou 7 milhões de maços.

Sete policiais estão envolvidos; para dois deles ainda não foi decretada prisão temporária (pois a investigação continua); três já foram presos hoje; um mandado ainda não foi cumprido e outro homem está foragido. Segundo as informações repassadas pelas autoridades, os policiais militares cobravam entre R$ 3 e 6 mil reais.

Uma outra pessoa presa, nessa quarta-feira, a princípio divulgado como agente tributário da região de Brasilândia, foi na verdade um trabalhador braçal, conhecido como ‘chapa’, que ajudava carregar os caminhões com contrabando.

“Continuamos firmes na intenção de fazer uma varredura e descobrir ainda se há mais integrantes da Polícia Militar nessa quadrilha. Todo e qualquer tipo de desvio de conduta será apurado”, revelou o Comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David.

Segundo a investigação do Gaeco e Ministério Público, ficou comprovado que o grupo de policiais recebia propina para liberar o contrabando de cigarros. Os nomes não foram divulgados, mas de acordo com fontes do Midiamax, entre eles poderiam estar “dois oficiais de alto escalão da PM”. Os policiais são das cidades de Sidrolândia, , Jardim, , Dourados; e dois de Campo Grande.

“Esses deverão ser expulsos e punidos para que os bons profissionais não sejam contaminados. São pessoas que não respeitam nossa corporação e muito menos a sociedade. Mas ainda vamos continuar investigando o caso”, complementou coronel David.

Haverá confronto de informações entre os policiais detidos e, segundo as autoridades, “mais pessoas ainda podem estar envolvidas”, tanto policiais ou outras pessoas da sociedade.

As figuras do contrabando

Mais três pessoas foram presas, entra elas, Alcides Carlos Grejanin, o ‘Polaco’, uma das figuras mais conhecidas do contrabando no Brasil. Há vários anos no ramo, ele é considerado pela polícia como ‘um especialista contrabandista’ e já construiu um grande patrimônio com dinheiro da organização criminosa.

Para se ter uma idéia, apenas uma das fazendas dele, recuperada pela Justiça Federal, foi avaliada em mais de R$ 20 milhões. Em fevereiro deste ano, em um leilão também realizado pela Justiça Federal, foram negociadas 7 mil cabeças de gado do acusado, o que rendeu outros milhões de reais.

Foram presos nesta manhã também (23), numa fazenda em Eldorado, interior de Mato Grosso do Sul, Dênis Marcelo e Ires Carlos Grejiamin (o Irão), ambos filhos de Polaco. E ainda foi detido Antonio Romero Jorge Pereira, o cunhado de Polaco.

“Foi muito importante para a gente realizar essas prisões, principalmente do pai (Alcides, o Polaco), pois ele era procurado em todo o Brasil. O acusado já causou muitos problemas relacionados aos crimes de contrabando ao nosso país”, disse a procuradora Jiskia Sandri Trentim, do Ministério Público.

Segundo o balanço de hoje, Polaco é apontado como o principal mentor do grupo. Através de seus subordinados, realizava o pagamento de propina ao agente tributário ou fazia o dinheiro chegar às mãos dos policiais aliciados.

Crimes praticados e a rota do contrabando

A quadrilha tinha base na região oeste de Mato Grosso do Sul, principalmente nos municípios de Porto Murtinho e Bela Vista. Entre os crimes praticados, o grupo vai responder por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. No total, devem ser cumpridos cerca de 30 mandados de busca e apreensão e outros 17 de prisão temporária.

A maior parte das apreensões ocorreu nas BRs 163 e 262, mas os contrabandistas também tinham preferência parar passar com a carga ilegal pelas estradas estaduais. Um dos trajetos citados foi: Bela Vista, Jardim, Nioaque, Sidrolândia, Campo Grande.

O carregamento, que saía do Paraguai, seguia posteriormente para outros estados, além de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Imagens exclusivas O Ministério Público preparou um material com imagens da “Operação Alvorada Voraz”.

Veja o vídeo do sobrevoo da propriedade de um dos envolvidos e o momento da apreensão do material

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