O presidente dos EUA, Barack Obama, ameaçou uma ação militar contra a Líbia caso o governo do ditador Muammar Kadhafi não cumpra as determinações da ONU para um cessar-fogo no país.

“Todos os ataques contra civis devem parar”, disse Obama em pronunciamento na Casa Branca.

Na véspera, o Conselho de Segurança da ONU deu sinal verde para uma ação militar internacional contra a Líbia, onde o governo reprime violentamente há mais de um mês os rebeldes que tentam derrubar Kadhafi.

O governo líbio anunciou um cessar-fogo nesta sexta, mas as potências reagiram com incredulidade, e a França afirmou que tudo está pronto para uma eventual intervenção.

Obama voltou a afirmar que Kadhafi, no poder desde um golpe de estado em 1º de setembro de 1969, perdeu a confiança de seu povo e a legitimidade para governar.

Ele afirmou que a comunidade internacional avisou o coronel “amplamente” sobre as consequências de seus ataques à oposição antes de optar pela ação militar.

Obama também disse que nenhuma tropa americana vai ser mobilizada na Líbia por enquanto.

O democrata anunciou que a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, viajará a Paris para participar de uma reunião internacional sobre a crise na Líbia no sábado.

Hillary se juntará a líderes europeus e ao secretário-geral da ONU (ONU), Ban Ki-moon, para discutir os próximos passos na crise.