Pular para o conteúdo
Geral

Mulher da periferia é mais feliz com o corpo, diz estudo

A procura do corpo perfeito é democrática, um desejo acalentado por qualquer mulher, rica ou pobre. O que muda é o conceito de beleza. Entre as mais ricas, qualquer sacrifício vale a pena para chegar perto da magreza das modelos. Entre as mais pobres, bonito mesmo é o corpo farto e curvilíneo das dançarinas de […]
Arquivo -

A procura do corpo perfeito é democrática, um desejo acalentado por qualquer mulher, rica ou pobre. O que muda é o conceito de beleza. Entre as mais ricas, qualquer sacrifício vale a pena para chegar perto da magreza das modelos. Entre as mais pobres, mesmo é o corpo farto e curvilíneo das dançarinas de pagode. A grande diferença entre os dois grupos é o sofrimento diante do excesso de peso. As mais ricas tentam se esconder sob roupas largas. As mais pobres exibem a gordura sem pudor em microshorts e tops justíssimos.

A diferença no comportamento dessas mulheres chamou a atenção de Joana de Vilhena Novaes, coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio e pesquisadora da Universidade do Estado do . Para entender os motivos dos dois grupos, Joana percorreu áreas chiques da zona sul carioca e subiu três favelas, entre elas a Rocinha, que possui quatro academias de ginástica. O resultado é o livro Com que corpo eu vou? – Sociabilidade e usos do corpo nas mulheres nas camadas altas e populares, lançado pela Pallas.

Depois de ouvir o relato de mais de 200 mulheres, Joana não tem dúvidas. As moças das favelas se preocupam tanto quanto as “patricinhas” endinheiradas em terem um corpo bonito. Fazem ginástica, entram na fila de hospital público para fazer lipoaspiração, tomam chá para emagrecer, mas o objetivo é bem diferente. Na elite, a motivação é o espelho. “Para essas mulheres, o que importa é a relação com elas mesmas. Dizem que querem ser magras para se sentir bem”, explica. Na favela, o interesse é conquistar os homens. “Elas querem ser chamadas de gostosas, querem exercer sua sexualidade.”

A pesquisadora acredita que as mulheres das camadas populares são muito mais felizes com seus corpos, mesmo quando estão gordas. Uma mulher gorda na classe média é motivo de escárnio. Na favela, ela não precisa se livrar dos recheios para ser admirada.” Além do mais, as mais pobres têm outras preocupações. “Elas gastam mais energia em garantir direitos básicos de sobrevivência, coisas que para a mulher de classe média já estão resolvidas. Pelo menos nessa relação com o corpo, as moradoras de favelas são bem mais felizes.”

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

‘Nosso xodó’: familia lamenta morte de menino de 6 anos durante incêndio em aldeia

SIG prende dupla por tráfico de drogas e fecha ‘boca de fumo’ em Dourados

Com 12h de festa, 3,5 mil docentes comemoram Dia do Professor em clube na Capital

festrtival bar em bar

Inscrições para o Festival Bar em Bar terminam nesta quarta-feira

Notícias mais lidas agora

Menino que morreu em incêndio de casa teve 80% do corpo queimado após irmão acender vela no quarto

yeltsin volei

‘Achei fantástico’, diz Yeltsin sobre Campo Grande sediar as finais da Supercopa de Vôlei

energisa

Leiturista ganhava até R$ 8 mil por mês para fraudar contas de energia em Campo Grande

A Fazenda 17: Tenso! Ninjas invadem sede após Fernando se descontrolar com Nizam

Últimas Notícias

Política

MPF barra arquivamento de ação da Lava Jato contra Delcídio, mas aponta risco de prescrição

Pedido de arquivamento feito pelo MPMS foi considerado "prematuro", apontando que indícios de "caixa dois" devem ser apurados

Política

Adriane Lopes firma parcerias estratégicas no Chile para impulsionar Campo Grande na Rota Bioceânica

Acordos com cidades como Iquique, Manso e Antofagasta visam desburocratizar comércio internacional

Política

Deputado Amarildo Cruz é homenageado com aprovação de seu PL contra discriminação racial na CCJR

Projeto torna obrigatório a divulgação de informações ou alertas contra o racismo

Publieditorial

“A Sbørnia Kontr’Atracka” tem douradense no elenco: Simone Rasslan representa MS no palco nacional

Pianista e compositora nascida em Dourados leva sua trajetória de vida e música para espetáculo que chega a Campo Grande no dia 16