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Movimentos levam apóio a indígenas perante novas ameaças de despejo

Representantes de movimentos sociais levaram ontem sua solidariedade à comunidade indígena Laranjeira Nhanderu do Município de Rio Brilhante, devido à nova situação de iminente despejo que estariam sofrendo das terras que reclamam e ocupam. A justiça tinha determinado a reintegração de posse, prazo que venceu ontem. Num primeiro momento caberia a FUNAI de Dourados fazer […]
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Representantes de movimentos sociais levaram ontem sua solidariedade à comunidade indígena Laranjeira Nhanderu do Município de , devido à nova situação de iminente despejo que estariam sofrendo das terras que reclamam e ocupam.

A justiça tinha determinado a reintegração de posse, prazo que venceu ontem. Num primeiro momento caberia a FUNAI de fazer cumprir a ordem judicial através do “convencimento e do diálogo”.

Embora, por outro lado, o próprio órgão federal é obrigado a publicar o relatório antropológico que fora feito em cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) determinado pelo Ministério Publico Federal, para esclarecer de uma vez se as terras reivindicadas, efetivamente, são ou não território tradicional dessa comunidade kaiowa-guarani. É a mesma situação de outras comunidades e povos no Mato Grosso do Sul.

Para dar apóio e solidariedade à reivindicação dos indígenas fizeram-se presentes ontem na área ocupada representantes das seguintes organizações: Conferencia dos Religiosos do Brasil (CRB), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC); Sindicato de Trabalhadores de Rio Brilhante, Comissão Pró Tribunal Popular da Terra, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), e representantes indígenas do Conselho Guarani do Aty Guasu.

Já vão quatro meses que os indígenas voltaram fazer a retomada da terra considerada tradicional ou de onde seus ancestrais foram expulsos em diferentes circunstancias e épocas. Antes da nova situação, o grupo de 160 pessoas –incluída uma grande quantidade de crianças- tinham permanecido um ano sete meses na beira da estrada da BR 163.

Nesse tempo eles agüentaram fome, enchentes, o ataque de todo tipo de doenças, teve caso de um suicídio e duas pessoas morreram atropeladas na BR. Antes deste tempo também as famílias já tinham permanecido um ano seis meses dentro da propriedade, quando pela primeira vez entraram em busca da recuperação de seu território tradicional.

“Elites e agronegócio”

Em relação à situação que estão suportando seus parentes indígenas a liderança Suzie Guarani, quem foi levar sua solidariedade ontem, indicou que a situação de abandono em Laranjeira Nhanderu, e no Estado de Mato Grosso do Sul dos povos indígenas, é reflexo do descaso e abandono da sociedade e dos governantes.

“È preciso acabar com este conflito; mas para isso o estado Brasileiro e o governo do Estado não podem seguir dando só privilégios para as elites e o agronegócio. É necessário dar um olhar especial para as classes mais carente do Estado e que seja aberta uma discussão sem discriminação e criminalização da luta indígena. Os indígenas merecem a dignidade de buscar uma solução ao problema de terra sem a morte de suas lideranças”, manifestou Suzie.

O grupo de Laranjeira Nhanderu, se mostrou confiado em que o relatório da FUNAI vai favorecer seus anseios e disseram que vão permanecer no lugar por acima das ameaças de despejo, amedrontamento e pressões que sofrem de todo tipo.

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