Moradores denunciam “cracolândia” em Corumbá
Moradores da alameda Santa Rosa, no bairro Centro América, em Corumbá, estão se tornando prisioneiros dentro de suas casas devido a insegurança que ronda a localidade onde se instalaram vários usuários de drogas. O local é um terreno baldio que se encontra paralelamente à linha férrea, na rua Rui Barbosa, bem em frente às fachadas […]
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Moradores da alameda Santa Rosa, no bairro Centro América, em Corumbá, estão se tornando prisioneiros dentro de suas casas devido a insegurança que ronda a localidade onde se instalaram vários usuários de drogas. O local é um terreno baldio que se encontra paralelamente à linha férrea, na rua Rui Barbosa, bem em frente às fachadas das casas da alameda, comparado pelos moradores com a “cracolândia”, em São Paulo. Homens, mulheres, adolescentes e até crianças, frequentam o local onde o vício é abastecido por “bocas de fumo” que funcionam noite e dia.
No último domingo, os moradores presenciaram o apedrejamento de um homem no local. De acordo com relatos de moradores, houve muita gritaria e correria. “Antes eram dois usuários e agora já virou uma comunidade. Já teve de tudo ali”, contou a professora Cristiane Garcia, que vive na alameda há cerca de 15 anos. “Já vi mulher às sete horas da noite se prostituindo aí no trilho para quem quisesse ver”, relatou.
Ela também já vivenciou situação onde acabou sendo ferida por um dos usuários de drogas com uma faca. “Tenho que deixar portão trancado no cadeado porque quando o portão estava aberto, teve uma vez que aconteceu uma briga de usuários que eram namorados e a mulher acabou entrando na minha casa para tentar se proteger do homem que estava com uma faca. Ela entrou na cozinha e ficou debaixo da minha mesa e acabei me cortando porque ele se recusou a sair de dentro de casa”, lembrou o fato ocorrido há cerca de 3 anos.
Um morador que não quis se identificar, contou à reportagem do Diário que desde que a aglomeração dos usuários começou, a rotina do local foi alterada. “Antes, a gente sentava na porta de casa para tomar tereré com os filhos, mas hoje, não podemos porque o cheiro da droga é demais de forte”, disse ao contar que o consumo de entorpecente gera um forte cheiro nas imediações.
Ele afirmou que já quase foi vítima de brigas entre os usuários que fazem das pedras, uso constante durante as agressões. “Já acertaram duas vezes meu veículo com pedradas que vem lá do outro lado da rua e pior é que havia crianças aqui na rua, podiam acertá-las ou a mim mesmo”, disse o morador que já pensa em se mudar da alameda devido aos constantes transtornos trazidos pelo comportamento dos usuários de drogas.
A secretária Telma Bruno também reclama da situação instalada no local. Ela reafirmou os problemas já citados pelos vizinhos como insegurança, cheiro forte durante o consumo de drogas e constantes agressões dos usuários, e acrescentou: “Não é raro minha calçada amanhecer com fezes, além disso, não posso colocar lixo à noite que eles passam rasgando os sacos e revirando tudo”, contou. E o que é mais grave. Ela já presenciou ameaças dos usuários a um amigo. “No domingo, quando um amigo e outros moradores foram tentar socorrer o homem apedrejado, um deles disse que sabia da nossa rotina, o horário que saímos de casa”, contou a moradora que não permite que seu filho brinque na rua por temer represálias dos usuários.
Policiamento
Todos os moradores entrevistados reclamaram da atuação da polícia na localidade. Eles relatam que quando solicitam a presença dos policiais, não são atendidos. Além disso, reclamam do constante sinal de ocupado no telefone de emergência 190.
No apedrejamento do último domingo, eles afirmaram que ligaram várias vezes para o serviço telefônico de emergência e, nas insistentes tentativas, quando conseguiam falar com um dos atendentes, sentiam “pouco caso” com a solicitação.”Eles falam que vem e não chegam. Vieram depois de duas horas do acontecido e passaram somente na rua de lá”, contou Telma.
Procurado pelo Diário, o tenente-coronel, Waldir Acosta, comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, explicou que existem três atendentes no serviço de emergência e que, durante esse período de férias escolares e nos finais de semana, o serviço fica mais difícil de ser acessado.
“Temos uma alta incidência de trotes, o que atrapalha a central quando as escolas estão de férias. Já nos finais de semana, a demanda fica grande com ocorrências de perturbação da tranquilidade. Infelizmente, a gente se desloca para atender esses chamados e quando aparece um caso mais sério até a viatura chegar no outro ponto, leva-se um grande tempo”, afirmou.
Ele disse que irá ampliar o policiamento naquela região e que, em casos de extrema emergência, quando o telefone 190 insistir no sinal de ocupado, a população pode ligar para outro telefone, o (67) 3907-5280.
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