O projeto de Campo Grande do da Mobilidade Urbana que prioriza o transporte coletivo foi selecionado, na última sexta-feira (20) para a segunda etapa do realizado pelo Ministério das Cidades. A próxima reunião deve ser realizada em junho. A capital sul-mato-grossense pleiteia R$ 280 milhões. Ao todo, capitais e estados estão pedindo R$ 30,9 bilhões dos R$ 18 bilhões que a pasta alega ter disponíveis.

Por mais de duas horas, o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha), João Antônio De Marco; o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Rudel Espindola Trindade Júnior, a arquiteta Zuleide Higa e Antonio Carlos Marchezetti, diretor de operações da empresa Logitrans explicaram o projeto a técnicos do Ministério e a diretora do Departamento de Mobilidade Urbana, Luiza Gomide de Faria Vianna.

Rudel Trindade afirmou que “a demanda está muito colada ao limite”, explicando que a frota de 545 ônibus, sendo 48 articulados e 212 com câmeras de vídeo, transporta 6,196 milhões de passageiros/mês. Também ressaltou em sua apresentação que 72% dos usuários utilizam o cartão eletrônico e que a proposta é atingir 100% até agosto próximo.

Para enfatizar a eficiência do sistema, Marchezetti destacou que “100% dos passageiros têm integração”, porém enfatizou que a velocidade média de deslocamento dos veículos vem caindo: “Era de 20 a 24 quilômetros, hoje está entre 15 e 17 quilômetros por hora. Queremos elevar para 20 quilômetros/hora”. Para reverter este processo, a prefeitura depende dos recursos do PAC, destacou o diretor de operações.

No projeto, consta que R$ 20 milhões serão para construir cinco terminais; outros R$ 7,5 milhões para reforma de sete unidades; R$ 160 milhões para construção de 68,4 quilômetros de corredores de transporte coletivo; R$ 9,7 milhões para implantar 56 quilômetros de ciclovias; R$ 4,5 milhões para modernização do sistema de controle eletrônico; R$ 67,3 milhões para intervenções viárias; e R$ 9,5 milhões para estações de pré-embarque.

O diretor-presidente da Agetran enfatizou que as estações de pré-embarque, em teste na Capital, conseguiram reduzir o tempo de entrada nos ônibus articulados de 12 minutos para um minuto, o que ajuda a reduzir o tempo de deslocamento do ônibus. “Precisamos ampliar a capacidade e melhorar o serviço”, destacou Rudel Júnior. Já Marchezetti destacou que os corredores “barateiam em R$ 707 mil, ou R$ 8,5 milhões/ano o custo do transporte”.

A diretora Luiza Gomide disse que o a prefeitura vai ter de detalhar mais alguns pontos do projeto. Ela pediu informações a respeito dos corredores, se serão exclusivos ou prioritários; mais detalhes sobre o que já existe e até fotos dos atuais terminais. A diretora disse, ainda, que os projetos são para definir prioridades de atendimento, por isso as informações são necessárias.

Para o titular da Seintrha, “a apresentação cumpriu o objetivo, nós não tínhamos orientação, achávamos necessário ter um norte. Mas a diretora enfatizou que temos condições. Na próxima semana mandaremos o que ela nos pediu”, informou João Antonio De Marco.