Militares dissolvem Parlamento e suspendem a Constituição no Egito

O Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito, que governa o país desde a queda do presidente Hosni Mubarak, na última sexta-feira (11), anunciou hoje (13), em uma declaração na TV estatal, a dissolução do Parlamento e a suspensão da Constituição. De acordo com os militares, o processo de transição para um governo civil e […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito, que governa o país desde a queda do presidente Hosni Mubarak, na última sexta-feira (11), anunciou hoje (13), em uma declaração na TV estatal, a dissolução do Parlamento e a suspensão da Constituição. De acordo com os militares, o processo de transição para um governo civil e democrático terá a duração de seis meses ou até que um novo Parlamento seja eleito.

Simultaneamente, de acordo com informações da BBC, o primeiro-ministro egípcio, Ahmed Shafiq disse hoje (13), que a prioridade do governo provisório é restaurar a segurança e “retomar a normalidade” do país. As declarações de Shafiq são as primeiras após a renúncia de Mubarak e foram feitas após a primeira reunião do Conselho de Ministros do governo provisório.

Shafiq foi nomeado por Mubarak, no entanto, o Conselho Supremo das Forças Armadas, que assumiu o governo depois da renúncia de Mubarak, na última sexta, determinou que ele seguisse na administração dos assuntos correntes.

De acordo com Shafiq, a situação da economia do país é “estável”, mesmo após 18 dias de paralisação devido aos protestos contra o governo. “A situação da nossa economia é sólida e coesa. Temos reservas suficientes para o período que virá [de transição política] e uma situação confortável.”, disse o premier egípcio.

Hoje (13), o Banco Central do Egito decidiu levar a leilão o equivalente a 812 milhões de euros em bilhetes do Tesouro. É o primeiro leilão de títulos desde a renúncia de Mubarak.

Conteúdos relacionados