Manutenção nos túmulos, religião e comércio se misturam em Dia de Finados

Manutenção nos túmulos, religião e comércio se misturam em Dia de Finados

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Manutenção nos túmulos, religião e comércio se misturam em Dia de Finados

A movimentação típica do Dia de Finados nos cemitérios traz a lembrança de quem já se foi. Flores e velas traduzem a saudade e o carinho por parte dos que ficaram. Assim começou esta quarta-feira, 2 de novembro, no cemitério Santo Amaro, com visita e arrumação aos túmulos de parentes e amigos, misturados com religiosos que foram ao local prestar solidariedade e esperança aos visitantes. Os comerciantes da região e ambulantes puderam aproveitar para garantir uma graninha extra com a venda de artigos comuns à data, como velas, flores e até comida e bebida.

Espalhados pelo interior do cemitério, grupos de várias religiões emocionavam os que passavam pelo local com cantos que transmitiam mensagens de conforto. Logo na entrada, alguns católicos, com pessoas de idades diversificadas, entoavam um canto a Deus, pedindo pela boa morte. 

Ao entrar no cemitério, um grupo de adventistas formou uma roda no canteiro e chamavam a atenção de quem passava. “Queremos levar esperança às pessoas e também evangelizar”, diz o estudante William Wilson, de 28 anos, que estava no Santo Amaro nesta manhã com os amigos da igreja.

O espaço também foi dividido com os fiéis da igreja Batista, que além de distribuir água aos visitantes, realizou um culto no local. “A ideia é oferecer conforto aos familiares e amigos”, diz o voluntário Sebastião Castelo, que ajudou na distribuição de 2500 copos d’água.

Mas a data não mobilizou somente os religiosos. A Pax MS permanece no local até às 17h prestando serviço à população. Com duas enfermeiras, a empresa passa o dia medindo a pressão dos visitantes. “Muitos procuram o serviço, a movimentação está grande”, diz a gerente da Pax, Mara Mota.

Cruzeiro

Para quem mora longe de onde entes queridos foram enterrados, o Cruzeiro é uma opção para quem quer acender uma vela e fazer uma prece por aqueles que já se foram. O local fica próximo à entrada do cemitério Santo Amaro. 

Kelley Monteiro é de Batayporã e só tem parentes enterrados na cidade natal.  Para ela, a tradição de ir ao cemitério no dia de Finados é um valor que traz da família, e como não pôde ir até lá, rezou pelos entes no Cruzeiro. “É um dia especial, que expressa saudade e a gente pode reviver boas lembranças”, diz Kelley.

Cemitério

A costureira Nelie Goulart Ibanez aproveitou o dia para arrumar o túmulo do primo, que faleceu em 1989. Acompanhada da família e com enxada nas mãos, ela assenta a terra que indica o local onde o parente foi enterrado. “Estou arrumando para colocar as flores que trouxemos”, diz.

Sarvia Lurdes, comerciante no local há 37 anos, diz que o movimento não está fraco nem forte, mas sente o aumento da concorrência com a instalação dos ambulantes. “A cada ano que passa enfraquece mais a venda, acho que é muita gente vendendo o mesmo produto”, diz.

Segundo Marcos da Silva Vargas, auxiliar administrativo do Santo Amaro, o cemitério espera a visita de 40 mil pessoas, entre ontem e hoje. “O movimento está normal em relação aos anos anteriores, só no final de semana passado que teve mais visitações do que o comum”, diz o auxiliar.

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