Segundo ministro, ações só surtem efeito meses depois
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, atribuiu nesta terça-feira (6) o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro – a soma de todas as riquezas produzidas no País – às medidas macroprudenciais tomadas pelo governo no fim do ano passado com o objetivo de reduzir o consumo interno.
Segundo Mantega, as ações só começam a surtir efeito meses depois de anunciadas, o que coincidiu justamente com o 3º trimestre do ano.
“O que nós podemos deduzir é que esse resultado também se deve ao conjunto de medidas que tomamos para reduzir o ritmo da economia, que estava muito aquecida no ano passado. Encarecemos o crédito, aumentamos o compulsório, houve um aumento forte da taxa de juros no primeiro semestre do ano passado e as medidas só se refletem meses depois”, disse.
Nesta terça-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB do 3º trimestre do ano ficou estagnado. Indústria e serviços tiveram crescimento negativo no período, de -0,9% e -0,3%, respectivamente.
Em contrapartida, o setor agropecuário cresceu 3,2%. No acumulado em 12 meses, a alta foi de 3,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.De janeiro a setembro deste ano, a economia brasileira cresceu 3,2%. O índice é menor que o esperado pelo governo.
Na última reestimativa, divulgada pelo Ministério do Planejamento em novembro, houve uma queda na expectativa de crescimento de 4,5% no ano para 3,8%.