No último sábado (5) o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a vaga deixada pelo deputado federal Alexandre Oliveira (PPS-MG) deve ser preenchida por Humberto Souto, do mesmo partido. A medida, que deu a vaga ao suplente do partido e não da coligação, reacendeu a disputa também em Mato Grosso do Sul.

Aqui a medida pode afetar dois casos específicos, um na Câmara Municipal de Campo Grande e outro na Assembleia Estadual.

Na Casa Municipal o vereador Athayde Neri (PPS) pode acabar perdendo a vaga adquirida com a saída de Alcides Bernal (PP). Já na Assembleia, a disputa é entre Rinaldo Modesto (PSDB) e Youssif Domingos (PMDB), caso o também peemedebista Carlos Marun, reassuma a secretaria estadual de Habitação e das Cidades.

Athayde, que já assumiu a vaga de vereador na Capital, afirmou não estar receoso de perder o mandato. “As decisões são liminares e o mérito não foi julgado pelo STF, e acredito que se for mudar as regras eleitorais, tem que recontar os votos por partido também”, comentou Athayde.

Já na Assembleia a disputa fica entre PMDB e PSDB, que nas eleições de 2010 estavam coligados na “Amor, Trabalho e Fé III”. Profº. Rinaldo, do PSDB garantiu que é dono da vaga caso Marun deixe mesmo a Casa de Leis. “Durante a eleição a coligação se torna um partido, e assim foi, o PSDB contribuiu com um número grande de votos, e eu tenho em casa um certificado dizendo que sou o 1º suplente, e como o segundo passa a frente do primeiro”, questionou Rinaldo.

Já seu “rival”, Youssif Domingos (PMDB), garantiu que tem apoio do partido e que o mesmo entrará na justiça pela vaga. Mesmo com a disputa, Youssif comentou que está bem, foi nomeado “assessor especial” do Governador, porém não deixará de ir atrás da vaga de deputado estadual.