O ditador da , Muammar Kadhafi, convocou a população a pegar em armas caso as potências do Ocidente adotem um bloqueio aéreo contra o país. Nesta quarta-feira (09), forças do governo líbio voltaram a travar batalhas intensas com os opositores.

Os rebeldes olharam para o alto e um caça da Força Áerea de Muammar Kadhafi disparou em Ras Lanuf. É o segundo dia de bombardeios contra a cidade, que tem um porto petrolífero importante.

Perto dali, em Bin Jawad, tanques de armazenamento de petróleo foram atingidos. A oposição ao ditador reagiu usando armas pesadas.

Homens de Kadhafi também atingiram refinarias e conquistaram posições em Zawiah. Além do confronto armado, há uma guerra de informações. O governo líbio declarou ter retomado o centro da cidade. Mas, no fim da tarde, os rebeldes anunciaram que ainda controlavam o lugar.

A Otan, a Aliança Militar do Ocidente, discute na quinta-feira (10) a possibilidade de impor uma zona de exclusão aérea para impedir que aviões líbios decolem e sejam usados para bombardear civis. E ainda, para evitar que Kadhafi fuja do país.

Apesar da pressão da França e do Reino Unido, o presidente americano Barack Obama tem resistido à idéia de uma zona de exclusão aérea. Os americanos insistem que seria necessário bombardear pontos estratégicos na Líbia e que essa ação militar teria que ter respaldo internacional e não ser liderada por Washington.

Para uma TV turca, Muammar Kadhafi disse que a criação de uma zona de exclusão é uma ação de guerra e que o povo líbio vai reagir com armas.

O governo líbio ofereceu nesta quarta uma recompensa de quase R$ 700 mil pela captura do ex-ministro da Justiça Abdul Jalil, que passou a liderar a oposição.