Juiz de Itaporã explica que houve confusão quanto à decisão sobre “Paquera”

O juiz Adriano da Rosa Bastos comentou nesta quarta-feira sobre a polêmica gerada pelo fim do evento chamado “Paquera” realizado semanalmente na cidade de Itaporã, interior do estado. Por entender que no local sào registrados casos de violência, ele decidiu por meio de portaria acabar com a festa. A Paquera em questão é um rol […]

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O juiz Adriano da Rosa Bastos comentou nesta quarta-feira sobre a polêmica gerada pelo fim do evento chamado “Paquera” realizado semanalmente na cidade de Itaporã, interior do estado. Por entender que no local sào registrados casos de violência, ele decidiu por meio de portaria acabar com a festa.

A Paquera em questão é um rol de apresentações musicais onde durante a festa pessoas podem mandar recados via DJ para outras pessoas que estão ali. Porém, setores da mídia interpretaram as palavras do juiz como uma proibição a paquera no sentido literal da palavra.

Hoje o juiz Adriano explicou que tomou a decisão porque no local, segundo ele, acontece venda e consumo de droga, fornecimento e consumo de bebida por menores de idade, som alto, muitas brigas e até sexo explicito. Duas pessoas já foram mortas no local do evento. “Tomei a decisão embasada no Poder de Polícia que o juiz tem, para manter a ordem pública”, explicou.

Pelo menos 1,2mil pessoas participam da Paquera na Praça Central da cidade aos domingos, onde existe até um palco usado pelo DJ que comanda o som. A medida começa a valer para este final de final de semana.

“Temos vários processos aqui no Fórum, decorrentes da Paquera. São apreensões de armas brancas, fornecimento de bebidas a menores, lesões corporais, vias de fatos. Não proibi a paquera, até porque não compete ao Poder Público e muito menos o uso da Praça. Queremos sim que haja um uso ordenado. Quero preservar e interceder pelas famílias, manter a paz”, disse Adriano.

No último domingo (10) Tiago de Oliveira, 21 anos, vulgo “Pescoço de Pintinho”, matou com um tiro no peito o desafeto dele, Denilson Gonçalves da Silva, 23 anos, vulgo “Fi”, após a Paquera.

À polícia, ele informou que vinha sendo ameaçado de morte por Fi, que em 2008 o tinha esfaqueado após uma briga. Na época ele quase morreu e teve que ficar internado em estado grave. Dessa vez ele teria apanhado por quase meia hora antes de ir buscar a arma e matar Denilson.

O caso foi a gota d’água para o juiz, que proibiu o evento e autorizou a polícia a prender quem descumprir a determinação dele. O juiz não quis comentar a nota do OAB que criticava sua decisão e lamentou a interpretação dada à portaria que emitiu, específica para o evento denominado Paquera.

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