Foi adiado ainda sem data confirmada, a audiência do caso da menina Rafaela de 3 anos morta em fevereiro do ano passado, supostamente por espancamento. Nesta quarta-feira (29), seria ouvida Renata Dutra de Oliveira, 23, mãe da menina.
A audiência foi adiada, pois o advogado de defesa Edison Costa da Fonseca apresentou um atestado médico informando que não poderia comparecer. A mãe é acusada pelo crime junto com o marido Handerson Cândido Ferreira, 25, padrasto de Rafaela.
Caso Rafaela
No domingo, dia 28 de fevereiro de 2010, por volta das 7 horas, a menina foi levada para a Santa Casa. Handerson, o padrasto, teria ido até uma padaria onde Renata, a mãe, trabalhava de balconista. Ele, desempregado e sem profissão definida, disse a ela que a criança estava passando mal.
O casal retornou para a casa e a mulher disse ao marido que procurasse ajuda de um vizinho com carro para conduzir Rafaela ao hospital. E a balconista retornou para a padaria como “se nada tivesse acontecido”, segundo a delegada Regina Mota. Meia hora depois a criança morreu no hospital.
Tanto o padrasto quanto a mãe tentaram dizer a polícia depois, que a criança tinha caído numa banheira da casa, versão não acatada logo de início.
Exames necroscópicos indicaram que a menina sofreu graves agressões, principalmente na cabeça, entre 12 e 36 horas antes de levada para o hospital.
A titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Regina Márcia Mota, que conduziu o inquérito, presumiu na época que a criança foi surrada com socos pelos pais.
No dia 10 de fevereiro, por exemplo, um boletim de ocorrência registrado na DEPCA, já indicava que a criança sofria maus tratos dentro de casa, no bairro Amambai.
A delegada disse ter achado na casa vestígios de vômito e fezes da criança, indícios de que a menina sofreu bem antes de morrer no hospital.