Uma equipe de fiscais do Ibama de Mato Grosso do Sul foi enviada ao norte do Estado para verificar o plantio de materiais geneticamente modificados no entorno do Parque Nacional da Emas, na divisa com Goiás e Mato Grosso.

O cultivo de materiais transgênicos é totalmente proibido em Unidades de Conservação de Proteção Integral, em terras indígenas e mananciais de águas. A proibição se estende também para 500 metros dentro da zona de amortecimento dessas unidades que caso não tenham plano de manejo é determinado que se estenda por 10km do seu entorno. 

Ou seja,  no caso do Parque Nacional das Emas não é permitido o plantio de transgênico também nesse entorno de 500 metros dentro da zona de amortecimento.

A zona de amortecimento do Parque Nacional da Emas abrange uma faixa de terras dentro do Estado de Mato Grosso do Sul, nos  municípios de Costa Rica e Alcinópólis.  O parque contudo fica no Estado de Goiás. E é por essa razão que a equipe do Ibama daqui vai se juntar à operação de fiscalização que está sob coordenação do Ibama de Goiás.

A idéia da Divisão de Proteção Ambiental do Ibama em Mato Grosso do Sul é treinar e capacitar  agentes de fiscalização nesse assunto. O Mato Grosso do Sul possui  77 unidades de Conservação municipais, estaduais e parques federais espalhadas pelo seu território. 

Para David Lourenço, superintendente do Ibama em MS, “essa experiência da fiscalização vai ser determinante no momento em que formos implementar o nosso plano de fiscalização dessas unidades aqui no território do Estado”, diz.

No caso do Parque Nacional da Emas, a fiscalização vai verificar o plantio de soja e algodão, os produtos mais cultivados  nessa região. Para isso os fiscais vão portar um kit com reagentes que identificam no ato se a cultura é ou não transgênica. No Mato Grosso do Sul vão ser fiscalizadas 16 propriedades que se localizam no entorno do parque. A fiscalização que dever durar até o final da semana vai abranger também as propriedades localizadas no lado goiano.

A fiscalização vai também verificar o uso de agrotóxicos nas lavouras da região. Os fiscais vão analisar se os tipos de agrotóxicos utilizados nas lavouras não são irregulares ou contrabandeados. Vão analisar também se o descarte dos resíduos está sendo feito de acordo com a lei de crimes ambientais.