Hackers divulgam documentos produzidos na Operação Satiagraha
Os grupos de hackers LulzSec e Anonymous divulgaram na madrugada deste domingo uma série de documentos produzidos durante a Operação Satiagraha. A princípio, no material divulgado – que inclui documentos, textos, vídeos e escutas telefônica – não há novidades no caso. Em sua página no Twitter, o grupo LulzSec postou a seguinte frase: “Anonymous e […]
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Os grupos de hackers LulzSec e Anonymous divulgaram na madrugada deste domingo uma série de documentos produzidos durante a Operação Satiagraha. A princípio, no material divulgado – que inclui documentos, textos, vídeos e escutas telefônica – não há novidades no caso.
Em sua página no Twitter, o grupo LulzSec postou a seguinte frase: “Anonymous e LulzSec mostram o que as Organizações Globo escondem. A caixa de pandora está aberta”. Após a mensagem, o grupo postou o link de onde os documentos podem ser baixados.
Em junho deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou as provas obtidas pela Operação Satiagraha, que resultou na condenação por corrupção do banqueiro Daniel Dantas, dono o grupo Opportunity, a 10 anos de prisão. STJ concluiu que foi ilegal a participação de integrantes da Agência Nacional de Inteligência (Abin) nas investigações da Polícia Federal.
Operação Satiagraha
Comandada pelo delegado da Polícia Federal (PF) Protógenes Queiroz, eleito deputado federal com a ajuda do quociente eleitoral, a Operação Satiagraha cumpriu 24 mandados de prisão e 56 ordens de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e em Brasília em 2008. Foram presos na ocasião o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, que morreu de câncer em 2009, o banqueiro Daniel Dantase o investidor Naji Nahas.
Os presos foram acusados por crimes como formação de quadrilha, gestão fraudulenta, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, entre outros. O grupo teria movimentado cerca de US$ 1,9 bilhão em paraísos fiscais. Gravações da PF indicariam que Pitta receberia dinheiro em espécie do grupo, diretamente no escritório de Nahas. Os valores que o ex-prefeito receberia teriam chegado a R$ 50 mil em um único dia.
Segundo a PF, a operação resultou das investigações do chamado mensalão. A Polícia Federal afirma que o suposto esquema comandado pelo publicitário Marcos Valério desviava recursos públicos para o mercado financeiro. A operação contaria com a participação do banqueiro Daniel Dantas. De acordo com a polícia, outro grupo, comandada por Naji Nahas seria responsável por lavar o dinheiro obtido ilegalmente no mercado de capitais.
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