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Governo já admite, internamente, que alta do PIB em 2012 não atingirá meta

Previsões da área econômica já indicam expansão ao redor de 3,5%; para mercado, projeção é considerada otimista
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Previsões da área econômica já indicam expansão ao redor de 3,5%; para mercado, projeção é considerada otimista

A meta de crescimento de 5% para a economia em 2012, defendida pela presidente Dilma Rousseff, pode ficar só no discurso. Já há previsões da área econômica do próprio governo, que não são divulgadas publicamente, que indicam expansão ao redor de 3,5%, segundo apurou o ‘Estado’.

No mercado financeiro, essa estimativa mais tímida de crescimento é vista como teto nas projeções mais otimistas para 2012. A determinação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, no entanto, é manter o otimismo em torno de uma estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) mais forte.

O governo quer evitar que uma estimativa de crescimento menor contagie as perspectivas de investimentos, dando início a um círculo vicioso para a economia. Além disso, membros da área econômica avaliam que novas medidas em estudo para estimular o crédito, como já sinalizou Mantega, terão força para acelerar o crescimento.

Por isso, as projeções de PIB do Ministério da Fazenda são sempre mais altas do que as do mercado e levam em conta cenários bem mais otimistas. É com essa estratégia que o ministro resolveu fixar uma meta de crescimento para 2012, e não apenas uma mera estimativa.

Para o economista-chefe da LCA Consultores, Braulio Borges, o fraco desempenho da atividade no segundo semestre deste ano não deve colaborar para dar um empurrão à expansão do País em 2012, que, para ele, deve ser de 3,1%. “O PIB no quarto trimestre também deve apresentar estagnação.”

Até a semana passada, o economista acreditava que o PIB poderia crescer 0,4% no último trimestre de 2011, mas, após a divulgação do indicador do BC sobre atividade econômica de outubro, que caiu 0,32% ante setembro, Borges passou a apostar num resultado nulo da economia no fechamento do ano. Ele estima que o Brasil terá uma expansão de 2,8% em 2011.

Dívidas. De acordo com Borges, estímulos fiscais do governo para aquecer a demanda agregada, especialmente o consumo de bens duráveis, como eletrodomésticos, não devem surtir tanto efeito quanto no fim de 2008 e início de 2009. “As famílias estão muito endividadas. Portanto, a renda disponível para adquirir novas mercadorias está limitada”, comentou.

Ele destacou que produtos como geladeiras têm um ciclo de consumo ao redor de sete anos, o que, em condições normais, não foi esgotado para aqueles que compraram tais mercadorias em 2008.

“Além disso, a concessão de crédito pelos bancos está muito restritiva, pois as instituições financeiras estão bem mais seletivas para liberar financiamentos, sobretudo em razão da atual crise internacional, que deve ter longa duração”, afirmou Borges.

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