Funai atrasa entrega de cestas básicas e índios de Coronel Sapucaia pedem ajuda

As 70 famílias (cerca de 200 pessoas) da etnia guarani kaiwoá que vivem no acampamento Kurussu Ambá, em Coronel Sapucaia, estão há mais de um mês sem receber as cestas básicas fornecidas pela Funai (Fundação Nacional do Índio) e pedem ajuda para conseguir alimentos. Segundo informações da Coordenadoria Regional da Funai em Ponta Porã, as […]

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As 70 famílias (cerca de 200 pessoas) da etnia guarani kaiwoá que vivem no acampamento Kurussu Ambá, em Coronel Sapucaia, estão há mais de um mês sem receber as cestas básicas fornecidas pela Funai (Fundação Nacional do Índio) e pedem ajuda para conseguir alimentos.

Segundo informações da Coordenadoria Regional da Funai em Ponta Porã, as cestas não foram entregues este mês porque a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), responsável pela compra, não repassou os alimentos à Funai. A previsão é que a situação seja normalizada a partir do início de setembro. A Regional de Dourados também não recebeu alimentos este mês para fazer a entrega das cestas nas aldeias.

As famílias de Kurussu Ambá estão preocupadas pois, d acordo com uma das lideranças, a única informação que receberam foi a de que não haveria mais distribuição de alimentos, sem qualquer explicação ou previsão de retorno do benefício: “Falaram só que não ia ter mais cesta”. A precariedade nas condições de vida e atendimento a essa comunidade já fez vítimas. No ano passado, uma criança morreu por desnutrição.

Quem quiser ajudar com alimentos ou outros donativos pode ligar para (67) 9976-1667, falar com Socorro.

Permanência na terra

A 1ª Turma do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), em São Paulo, garantiu, em decisão unânime, a permanência dos indígenas Guarani Kaiowá de Kurusu Ambá em uma área localizada nos limites da reserva legal onde incide a fazenda Maria Auxiliadora, ocupada desde novembro de 2009. O território de Kurusu Ambá tem cerca de 2,2 mil hectares e está em estudo pela Funai. A comunidade foi incluída no Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República no início deste ano.

Atualmente, mais de 30 comunidades indígenas do MS aguardam decisões semelhantes. No próximo dia 16 de agosto, o TRF3 julgará dez Agravos de Instrumento referentes a várias terras indígenas do estado.

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