EUA deixarão de deportar ilegais sem antecedentes criminais

O governo americano revisará os mais de 300.000 casos de imigrantes ilegais pendentes de deportação e deixará de lado aqueles que não tiverem antecedentes criminais, entre eles milhares de jovens estudantes, informaram fontes oficiais nesta quinta-feira. “A ideia é assegurar que investimos nossos recursos onde há um forte impacto, (…) particularmente naquelas pessoas que foram […]

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O governo americano revisará os mais de 300.000 casos de imigrantes ilegais pendentes de deportação e deixará de lado aqueles que não tiverem antecedentes criminais, entre eles milhares de jovens estudantes, informaram fontes oficiais nesta quinta-feira.

“A ideia é assegurar que investimos nossos recursos onde há um forte impacto, (…) particularmente naquelas pessoas que foram condenadas neste país, para não atolar o sistema” de deportações, explicou uma das altas fontes que falaram por teleconferência sob condição de não serem identificadas.

O restante das pessoas, que não representarem perigo para a segurança do país, terão seus casos encerrados provisoriamente e receberão uma carta, indicou.

“Poderão solicitar permissão de trabalho, mas não é automático. Essas serão também decisões que serão tomadas caso a caso”, afirmou a fonte após perguntas dos jornalistas.

Os Estados Unidos deportaram no ano fiscal de 2010 (outubro de 2009 a setembro de 2010) um recorde de 392.000 imigrantes ilegais.

Mais da metade deles tinha antecedentes criminais por condenações de todo tipo, o que significa outra mudança histórica na composição das deportações, que causam regularmente protestos entre grupos de defesa dos imigrantes, particularmente hispânicos.

Os que não tiverem antecedentes criminais não serão perseguidos, mas também não “vão receber nenhum estatuto migratório temporário”, assegurou outra das fontes.

Diante da impossibilidade de uma reforma migratória integral, legisladores democratas e grupos de defesa dos imigrantes pedem há uma década a legalização desses estudantes, através da chamada Dram Act, que fracassou em diversas ocasiões, a última em dezembro do ano passado.

A nova diretriz do Departamento de Segurança Interna (DHS, da sigla em inglês) não afeta a maioria dos cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais que estão nos Estados Unidos, mas somente os que tem casos pendentes nos tribunais migratórios.

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