Apenas 50 quilômetros da Estrada Parque (rodovias MS-184 e 228) estão liberados para tráfego. De acordo com o diretor-executivo da Agesul, de Corumbá, Luiz Mário Anache, o trecho em que ainda é possível transitar é o que compreende do Lampião Aceso ao Porto da Manga.

O diretor da Agesul disse a este Diário que o restante da rodovia “está todo interditado”. Luiz Mário informou que a balsa no Porto da Manga está “paralisada” e não há acesso a Nhecolândia. A força-tarefa que o órgão estadual promovia para recuperar a Ponte 5 – chamada de Vazante 5 – vai ter de reconstruir o acesso. “A ponte rodou e agora são pelo menos trinta dias para a reconstrução”, antecipou Anache.

No começo da semana passada houve a necessidade inicial de interdição de 33 quilômetros da Estrada Parque Pantanal Sul entre o rio Miranda até a Curva do Leque (MS-184). O grande volume de água – proveniente da cheia nos rios pantaneiros – encobriu a via tomando conta da pista. Com isso as condições de trânsito de veículos ficaram comprometidas. A situação se agravou com o rompimento das cabeceiras de três pontes, nas proximidades da Fazenda Boa Sorte, na MS-184. Posteriormente, a Agesul interditou o tráfego de veículos em 41 quilômetros da Estrada Parque, chegando ao acesso da região do Passo do Lontra.

Em 28 de fevereiro, a Agesul também teve de interditar parte da rodovia. A decisão foi tomada por conta da forte chuva que havia caído em Corumbá. A interdição, daquela vez, foi no quilômetro 4,5 da MS-228, nas proximidades da Band’Alta. A grande quantidade de água pluvial que descia do Morro Grande tomou conta da pista e chegou a formar correntezas naquele trecho.

Com 120 quilômetros totais de extensão, a rodovia, que compreende a MS-184 e a MS-228, é a principal via de ligação entre a região do Pantanal da Nhecolândia e Corumbá. Além de ser a principal rota para o setor pecuário, o turismo contemplativo é atrativo para quem transita pela Estrada Parque.