O dono do balneário Lagoa Rica, Eduardo Metello Junior, disse em depoimento ao delegado da 4ª DP (Delegacia de Polícia), Devair Aparecido Francisco, que o local não funcionava como balneário.

Segundo Metello, ele recebeu o loteamento como herança e não tinha controle ao acesso das pessoas. Ele afirmou que os funcionários de seu escritório, que fica localizado no centro da capital, que cuidavam do local.

Porém, confirmou que eram cobradas taxas aos visitantes, que segundo ele, eram apenas para manutenção do local. Ele nega que o local funcionava comercialmente e confirma que não tinha documentação que permitia fazer da lagoa um balneário.

Além disso, Metello disse que sabia que os funcionários da lagoa que usavam colete de salva-vidas, não eram treinados para o trabalho. Segundo ele o treinamento não foi feito porque não há esse tipo de curso em Campo Grande.

O delegado Devair Aparecido Francisco aguarda os laudos da perícia e dos bombeiros, que deve ser entregue em até 30 dais.

Eduardo Metello Junior poderá ser indiciado por homicídio culposo – sem intenção de matar.

O caso

No dia 12 de outubro deste ano, um adolescente de 16 anos morreu afogado no balneário Lagoa Rica.

Segundo testemunhas, não havia salva-vidas no local para socorrer o menino.