A diretora-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Nilde Brun, se esquivou de responder perguntas sobre a possível mudança de nome do Estado. Procurada, Brun afirmou, via assessoria de imprensa, que somente o governador do estado André Puccinelli (PMDB) falará sobre a temática.

Mesmo admitindo prejuízos pela confusão entre os estados, e aos ” turistas que, mal informados, vão procurar a cidade de Bonito no Estado de Mato Grosso” Brun evitou responder questões sobre a possível alteração nominal do Estado.

A mudança do nome de Mato Grosso do Sul voltou à pauta depois de uma gafe da Rede Globo, em um diálogo da novela “Insensato Coração” entre as personagens Luciana (Fernanda Machado) e Pedro (Eriberto Leão) que deu a entender que a cidade sul-mato-grossense de Bonito, a mais importante riqueza turística da região, ficaria no Mato Grosso.

A Fundtur se manifestou, enviando uma carta, assinada pela diretora-presidente, ao autor da novela, Gilberto Braga, onde pediu “possíveis reparações” e comentou sobre prejuízos gerados ao Estado com esse equívoco.

Não é a primeira vez que o autor Gilberto Braga troca as bolas com MT e MS. Em 2004, durante a novela Celebridade, a personagem de Malu Mader também iria para “Bonito, Mato Grosso”.

Plebiscito

O deputado estadual Antônio Arroyo (PR) apresentou, no início de 2010, um Projeto de Lei estabelecendo as regras e normas para se fazer um plebiscito em Mato Grosso do Sul.

“Primeiro precisamos estabelecer as normas para realizar esse tipo de votação, para depois termos, provavelmente junto com uma eleição, o plebiscito que irá ver se a população quer ou não a mudança do nome do Estado”, afirmou o deputado.

Ainda segundo Arroyo, o projeto recebeu certa resistência ano passado. Porém o parlamentar garantiu que irá conversar com os novos e antigos deputados para aprovar a proposta.

O nome indicado por Arroyo, que é amplamente a favor da mudança, é Estado do Pantanal. A sigla era outro grande problema de propostas anteriores. Algumas autoridades queriam que fosse PT. Porém, essa nomenclatura poderia se associar ao Partido dos Trabalhadores.

“A sigla tem que ser PN, porque PA já é Pará, então a próxima letra é o N e não o T”, afirmou Arroyo.